O governo do presidente americano Joe Biden anunciou nesta quarta-feira (10) os primeiros padrões federais sobre a água encanada para proteger as pessoas das "substâncias químicas permanentes" tóxicas, associadas aos graves danos para a saúde que vão desde cânceres até problemas no desenvolvimento infantil.

Invisíveis e presentes na água, no solo, no ar e nos alimentos, as substâncias perfluoroalquiladas (PFAS) acumulam-se no corpo e nunca se decompõem no meio ambiente.

Uma nova regra da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) reduzirá a exposição ao PFAS no fornecimento de água para cerca de 100 milhões de pessoas, o que evitará milhares de mortes e dezenas de milhares de doenças graves, informou o órgão.

"É uma grande vitória para a saúde pública nos Estados Unidos", disse à AFP Melanie Benesh, que trabalha em questões políticas para a organização sem fins lucrativos Environmental Working Group (EWG).

"Eliminar estes produtos químicos de água potável reduzirá a exposição, a carga de doenças e, em última instância, salvará vidas", acrescentou.

A norma estabelece limites de água potável a cinco PFAS. Incluindo os dois tipos mais comuns: um contaminante conhecido como PFOA que foi anteriormente utilizado em panelas antiaderentes de Teflon, e PFOS, um composto anteriormente presente em revestimentos de roupas, tapetes e em espumas de combate a incêndios. 

Somente 11 dos 50 estados dos EUA já tinham seus próprios regulamentos sobre PFAS na água.

A administração Biden também anunciou a liberação de um bilhão de dólares (R$ 5 bilhões na cotação atual) em financiamento adicional da Lei Bipartidária de Infraestruturas para ajudar as jurisdições a financiar sistemas de detecção e tratamento de água para cumprirem as novas regras.

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