O ex-presidente Jacob Zuma recorreu, nesta terça-feira (2), da decisão da Comissão Eleitoral de excluí-lo das eleições legislativas sul-africanas, marcadas para o fim de maio.

Zuma "não foi indiciado criminalmente e não é alvo de um processo penal", indica o recurso apresentado pelo partido radical Umkhonto We Sizwe, pelo qual ele estava concorrendo.

A Comissão Eleitoral da África do Sul havia proibido o ex-presidente Jacob Zuma de participar das eleições em 29 de maio.

"No caso do ex-presidente Zuma, sim, recebemos uma objeção, que foi confirmada", informou à imprensa o presidente da Comissão, Mosotho Moepya, sem dar mais detalhes.

Zuma, de 81 anos, é um antigo pilar do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde o fim do apartheid, e seu governo foi atingido por acusações de corrupção.

Após perder o apoio de seu partido, foi obrigado a renunciar em 2018, em meio a escândalos, e agora tenta participar das eleições pela formação Umkhonto We Sizwe (MK), da oposição.

As eleições estão sendo anunciadas como tensas, já que, pela primeira vez desde o fim do apartheid, o ANC poderia obter menos de 50% dos votos - o que o obrigaria a formar uma coalizão para permanecer no poder.

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