Os cidadãos de Romênia e Bulgária comemoraram a suspensão dos controles nas fronteiras aéreas e marítimas, depois de que ambos os países passaram a fazer parte parcialmente da zona de livre circulação europeia neste domingo (31).

Depois de 13 anos de espera, Romênia e Bulgária aderiram ao espaço Schengen, uma área de livre circulação criada em 1985 e na qual mais de 400 milhões de pessoas podem viajar sem se submeter a controles nas fronteiras.

Apesar de ser uma adesão parcial, limitada a aeroportos e portos marítimos, trata-se de um passo com alto peso simbólico.

Por ora, os controles rodoviários serão mantidos pelo veto apresentado pela Áustria, o único país da União Europeia (UE) reticente a que esses dois países sejam plenamente incorporados ao espaço Schengen por temor de uma chegada significativa de solicitantes de asilo.

Era uma "questão de dignidade", declarou Stefan Popescu, especialista em relações internacionais radicado em Bucareste.

"Qualquer romeno, ao ter que fazer uma fila diferente do restante dos cidadãos europeus, sentia que estava recebendo um tratamento diferente", disse ele à AFP.

"Isto vai favorecer nossa integração na UE", comentou o analista, classificando a medida de um "feito importante", apesar de ter demorado a chegar.

O búlgaro Ivan Petrov, profissional de marketing de 35 anos e residente na França, também descreveu a adesão parcial como um "grande passo adiante" que significará "um ganho de tempo" e viagens "menos estressantes".

Com a inclusão de Romênia, de 19 milhões de habitantes, e Bulgária, de 6,5 milhões, o espaço Schengen passa a ter 29 membros: 25 dos 27 Estados da União Europeia (UE), mais Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

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