Doze pessoas foram detidas na Venezuela acusadas de provocar em dois estados do país vários incêndios florestais nas últimas semanas, afirmou, nesta sexta-feira (29), o ministro de Ecossocialismo, Josué Lorca, ao indicar que as chamas estão "contidas".

"Em Aragua (centro) há sete detidos, em Mérida (oeste) há cinco detidos", disse o funcionário ao canal estatal VTV, em um primeiro balanço após semanas de relatos de incêndios em pelo menos cinco estados venezuelanos.

Segundo Lorca, os incêndios foram combatidos com "sucesso" e não há relatos de mortes, mas o governo de Aragua indicou esta semana que alguns dos bombeiros que lutavam contra as chamas ficaram feridos.

O ministro informou que os incêndios afetaram 900 dos mais de 107.000 hectares do Parque Nacional Henri Pittier, localizado entre Aragua e Carabobo.

"Foram provocados por queimadas para iniciar algum tipo de expansão de fronteira agrícola ou por alguns piromaníacos que todos os anos se dedicam a incendiar os morros", denunciou Lorca.

"Esta temporada tem sido bastante dura devido às condições atmosféricas, à mudança climática e ao fenômeno do El Niño que estamos atravessando", continuou.

Na área do Parque Henri Pittier, há 120 funcionários contendo o fogo.

Além disso, os incêndios atingiram ontem uma sede do Ministério dos Transportes em Aragua e queimaram 112 ônibus. O governo disse que está investigando o caso, após sugerir também "um ato criminoso planejado".

As autoridades não forneceram detalhes sobre a situação em Mérida.

Algumas ONGs ambientalistas apontaram que a fauna foi afetada. Em Caracas, cercada pela imensa montanha conhecida como Ávila, as autoridades constantemente pulverizam água como medida preventiva.

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