O presidente francês, Emmanuel Macron, iniciou nesta segunda-feira (25) uma visita de dois dias à Guiana Francesa, território da França na América do Sul que exige mais autonomia e está imerso em inúmeras dificuldades, como a insegurança. 

Os problemas deste território amazônico de 300 mil habitantes, que faz fronteira com o Brasil e o Suriname, incluem crimes ligados à extração ilegal de ouro, conexões precárias e dificuldades no setor agrícola. 

Ao chegar, o presidente destacou as medidas já adotadas como o dispositivo de "100% controle" para reduzir o tráfico de drogas a partir do aeroporto de Caiena, capital da Guiana.

A segunda visita de Macron como presidente desde 2017 lhe permitirá "entrar em contato com a população" e "ouvir os responsáveis eleitos", especialmente sobre os seus pedidos de reforma do status do território, segundo o seu gabinete. 

Paris deve "conceder-lhe o mesmo status que a Córsega", uma ilha mediterrânea que poderia avançar para uma maior autonomia por meio de uma reforma constitucional, disse o presidente regional da Guiana, Gabriel Serville. 

A ministra francesa das Relações Exteriores, Marie Guévenoux, afirmou que cabe às autoridades eleitas da Guiana "definir quais competências querem que o território assuma".

A visita anterior de Macron, que remonta a 2017, foi prejudicada quando ele disse que não era "papai Noel" ao responder a uma pergunta sobre a construção de um hospital. 

Cinco anos depois, 60% dos guianenses optaram por Marine Le Pen, adversária de extrema direita de Macron, no segundo turno das eleições presidenciais francesas de 2022.

O chefe de Estado francês viajará ao Brasil na tarde de terça-feira para uma visita de Estado de três dias e onde abordará também a situação na Guiana Francesa. 

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