Os preços do petróleo caíram novamente nesta quinta-feira (21), apesar do tom otimista do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre a evolução da inflação nos Estados Unidos.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio recuou 0,19%, para 85,78 dólares.

Enquanto isso, o barril do West Texas Intermediate (WTI) para a mesma entrega perdeu 0,24%, para 81,07 dólares.

O petróleo cru não se beneficiou do discurso moderado do presidente do Fed, Jerome Powell, que na quarta-feira estimou que os recentes aumentos da inflação nos Estados Unidos não alteram a trajetória de queda dos preços.

A ideia de que o plano de cortar as taxas de juros este ano continue na agenda do Federal Reserve deveria representar um estímulo para a demanda futura de petróleo.

Porém, "as reduções de taxas do Fed podem ser interpretados de duas maneiras", explicou John Kilduff, da Again Capital.

Prenunciam, certamente, um aumento na demanda. "Mas também respondem a um enfraquecimento da economia e a uma política monetária muito rígida considerando as condições atuais", interpretou.

A queda do dólar, decorrente da decisão do Fed de manter as taxas inalteradas e suas previsões de cortes, também não beneficiou o petróleo.

Por ser cotado em dólares, quando essa moeda se enfraquece, o barril fica mais barato para os investidores em outras moedas, o que tende a impulsionar os preços.

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