Donald Trump é a melhor tradução da confusão que virou o uso das ideias democráticas e das consequências da crise que se tornou a liderança norte-americana no mundo -  (crédito: Chandan Khanna/AFP)

Trump declarou estar orgulhoso de que os três juízes que ele nomeou para a Suprema Corte tenham inclinado o órgão para a direita.

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesse domingo (17/3) que apoia uma proibição federal do aborto após um certo número de semanas de gravidez, sem especificar quantas, e com exceções, deixando confusa sua posição sobre um importante tema de campanha eleitoral no país.

 

 

Trump declarou que "em breve" formularia uma proposta sobre o número de semanas a partir da qual uma proibição deveria ser implementada, ao falar no programa de televisão "MediaBuzz", da Fox News, depois de se tornar o candidato republicano para a disputa pela Casa Branca em novembro.

 

Os jornalistas interrogaram o ex-presidente sobre um artigo do The New York Times de fevereiro, segundo o qual ele havia dito a seus assessores que gostava da ideia de uma proibição nacional do aborto após as 16 semanas de gestação, com exceções para estupro, incesto ou saúde da mãe, mas que hesitava em abordar isso publicamente para não alienar votos.

 

"Em algumas semanas, darei uma recomendação", afirmou na Fox sobre o momento da gravidez em que acredita que a interrupção deve ser proibida. "Acredito que minha recomendação será aceita", acrescentou.

 

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Ele declarou estar orgulhoso de que os três juízes que ele nomeou para a Suprema Corte tenham inclinado o órgão para a direita.

 

Em 2022, o mais alto tribunal dos Estados Unidos colocou fim ao direito ao aborto, garantido a nível federal desde 1973, deixando que os estados estabelecessem suas próprias leis sobre o tema.

 

Alguns estados promulgaram proibições quase totais; outros, como Maryland, o garantiram.

 

Muitos conservadores esperam que uma proibição nacional possa anular leis como a de Maryland.