O presidente americano, Joe Biden, intensificou nesta sexta-feira (8) seus ataques a Donald Trump, no início de um giro pelos estados indecisos, que são chave para as eleições presidenciais de novembro.

Na Pensilvânia, Biden, 81, atacou diretamente Trump, um dia depois de se referir a ele várias vezes como "meu antecessor" durante o discurso do Estado da União.

"Donald Trump e os republicanos do 'Make America Great Again' tentam tirar nossas liberdades, e isso não é um exagero", afirmou Biden. "Não deixaremos."

O democrata criticou duramente Trump, seu provável rival nas eleições, por apoiar a proibição do aborto e por convidar o presidente russo, Vladimir Putin, a invadir os membros da Otan que não pagarem suas cotas. Também criticou o republicano por ter se reunido hoje com o premiê da Hungria, Viktor Orbán, que, segundo Biden, "busca uma ditadura".

A mulher de Biden, Jill, também atacou Trump durante o comício: "Ele é perigoso para as mulheres, as famílias e o nosso país, e não podemos deixá-lo ganhar em novembro."

Dezenas de manifestantes reuniram-se em frente ao local para protestar contra o apoio de Biden à ofensiva de Israel em Gaza após os ataques de 7 de outubro do Hamas.

- Viagem -

A Pensilvânia é a primeira etapa de um giro que levará Biden amanhã a Atlanta, na Geórgia, estado onde Trump também participará de um comício. Na semana seguinte, o democrata viaja a New Hampshire na segunda-feira, ao Wisconsin na quarta e ao Michigan na quinta.

Biden fez ontem um discurso do Estado da União em que levantou a voz e não perdeu a oportunidade de responder a alguns trumpistas que tentaram interromper sua fala. Ele acusou Trump de "se curvar" ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia em 2022. "Não vou me curvar", prometeu Biden no plenário do Congresso, para aplausos dos democratas, que pediram "mais quatro anos".

Outro dos objetivos de Biden era tranquilizar os eleitores em relação à sua idade, o que fez com firmeza.

"O presidente Biden conquistou um grand slam", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na Filadélfia. Trump, 77, respondeu hoje a Biden dizendo que ele era "um psicopata" e que seu discurso estava sendo "criticado em todo o mundo”, sem dizer por quem.

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