O movimento islamista palestino Hamas afirmou, nesta segunda-feira (4), que não sabe quantos dos reféns capturados por seus comandos no ataque de 7 de outubro em Israel e levados para Gaza seguem vivos.

"Não sabemos exatamente quem está vivo e quem morreu devido aos bombardeios ou pela fome", declarou no Cairo, capital egípcia, Basem Naim, alto integrante do Hamas, enquanto Estados Unidos, Egito e Catar tentam mediar uma trégua na guerra entre o movimento islamista e Israel.

"Os prisioneiros são mantidos por vários grupos, em diferentes lugares", acrescentou.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza durante o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro em Israel, que desencadeou o conflito e deixou 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em estatísticas israelenses.

Segundo as autoridades Israel, após uma troca de prisioneiros durante uma trégua no final de dezembro, ainda há 130 reféns em Gaza, dos quais 31 podem estar mortos.

Segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, em quase cinco meses de conflito morreram 30.534 pessoas no território palestino, a maioria civis.

Naim, dirigente do Hamas responsável pelas relações internacionais, declarou que "é necessário um cessar-fogo" para poder realizar verificações sobre nomes, números, estado de saúde dos reféns e "se estão vivos ou mortos".

O tema dos reféns é fundamental nas negociações em curso no Cairo para conseguir uma trégua em Gaza.

Os países mediadores reunidos no Egito tentam obter um acordo antes do Ramadã, o mês de jejum sagrado para os muçulmanos, que este ano começa nos dias 10 e 11 de março.

Segundo a mídia israelense, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu exige que o Hamas entregue uma lista dos reféns e não enviou uma delegação ao Cairo, já que o movimento palestino não apresentou essa informação.

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