A temporada de chuvas na Bolívia, que começou em dezembro e vai até março, deixou até agora 40 mortos e cerca de 10 mil famílias afetadas, informou o governo nesta terça-feira (27).

"Temos 206 residências afetadas, 456 residências completamente destruídas e já são 40 as pessoas falecidas", disse o vice-ministro da Defesa Civil, Juan Carlos Calvimontes, aos jornalistas.

A autoridade, principal responsável pelas operações de socorro em todo o país, também apontou que "80 municípios foram impactados", dos 340 que a Bolívia possui.

O período chuvoso começa em dezembro e se estende até março ou abril. O fenômeno El Niño provoca chuvas torrenciais e o consequente transbordamento dos rios.



Calvimontes afirmou que as áreas mais afetadas são os bairros ao sul da cidade de La Paz, sede dos poderes Executivo e Legislativo, e a cidade de Cobija, ao norte do país e na fronteira com o Brasil.

"Já evacuamos mais de 450 famílias para áreas mais elevadas da cidade", disse a prefeita da região, Ana Lucía Reis.

Nas redes sociais, circularam imagens de bairros inundados nessa cidade de cerca de 90 mil habitantes. O nível das águas chega a cobrir o primeiro andar das casas, de acordo com os vídeos compartilhados pelos próprios moradores.

Imagem aérea mostra vasta extensão de uma cidade encoberta pela água das chuvas fortes que atingem a Bolívia

AFP/Frame de vídeo

O governo de Pando, por sua vez, assegurou que o nível do rio subiu até 15 metros.

Na cidade de Guanay, ao norte de La Paz, com 13.700 habitantes, os rios que cercam a área urbana transbordaram e cobriram tudo com lama em seu caminho.

Antes de dezembro, a Bolívia estava sofrendo com a seca e agora, segundo o Serviço de Meteorologia, está em alerta para o transbordamento dos rios e chuvas extremas até março.


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