Uma corte federal de Nova York apresentou, nesta quinta-feira (15), novas acusações contra o líder do cartel de Sinaloa, Ismael "Mayo" Zambada, por tráfico de fentanil, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Zambada, que está foragido, já foi acusado em múltiplos casos por conspiração de assassinato, lavagem de dinheiro, tráfico de cocaína, heroína, metanfetamina e fentanil, acrescenta.

Essa quinta acusação amplia as datas da atividade criminosa até janeiro de 2024.

Segundo os documentos judiciais, ele é acusado de traficar pelo menos 400 gramas de fentanil, um opioide que mata cerca de 70 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. "Mas uma quantidade muito maior será provada durante o julgamento", esclarece.

"Ele é acusado de vários crimes relacionados a drogas, incluindo agora a fabricação e distribuição de fentanil, uma droga mortal que era em grande parte desconhecida quando ele fundou o Cartel de Sinaloa há mais de três décadas", afirma o procurador federal do distrito leste de Nova York, Breon Peace, citado no comunicado.

"Essa quinta acusação substitutiva demonstra nossa firme determinação em levá-lo à justiça", assim como foi feito com o narcotraficante mexicano Joaquín "Chapo" Guzmán", acrescenta.

O Departamento de Estado oferece uma recompensa de até US$ 15 milhões (R$ 74,5 milhões) por qualquer informação que leve à prisão ou condenação de Zambada.

Segundo Washington, de 1989 a 2024, Zambada liderou uma empresa "responsável pela importação e distribuição de quantidades massivas de narcóticos, gerando bilhões de dólares em lucros".

"Ele empregava pessoas para obter rotas de transporte e armazéns para importar e armazenar narcóticos, e 'sicarios' para realizar sequestros e assassinatos no México e retaliar contra rivais que ameaçavam o cartel", detalha.

Em seguida, eles transportavam para o México os milhões de dólares gerados pela venda de drogas.

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