Donald Trump instou os republicanos no Congresso, nesta segunda-feira (5), a se oporem ao acordo que prevê um pacote de 60 bilhões de dólares (296 bilhões de reais na cotação atual) para a Ucrânia e uma reforma que endurece o sistema de imigração americano. 

"Só um idiota, ou um democrata radical de esquerda, votaria a favor deste terrível projeto de lei fronteiriça que só dá autoridade de fechamento após 5.000 interceptações diárias, quando já temos o direito de FECHAR A FRONTEIRA AGORA, o que deve ser feito", disse na sua rede Truth Social.

O presidente democrata Joe Biden pediu ao Congresso, no final do ano passado, que aprovasse um pacote legislativo com fundos para Ucrânia, Israel e a segurança na fronteira com o México. 

Os republicanos condicionaram o seu apoio ao endurecimento da política de imigração.

Um grupo de senadores republicanos e democratas negociou um pacto revelado no domingo, que prevê uma nova autoridade de emergência para fechar a fronteira entre os Estados Unidos e o México quando "ela entrar em colapso", segundo Biden. 

Se for adotado, as autoridades poderão restringir as passagens de fronteira se a média diária de migrantes atingir os 4.000 em uma semana, mas serão obrigadas a proibi-las se excederem uma média de 5.000 por dia - em um período de sete dias consecutivos - ou 8.500 em um único dia, diz o texto do acordo bipartidário.

Resta saber se este texto será aprovado pelo Congresso neste ano eleitoral devido à oposição frontal da ala mais rígida dos conservadores, leais a Trump, o grande favorito à nomeação republicana para as eleições presidenciais de novembro. 

"Não sejam ESTÚPIDOS!!! Precisamos de um projeto de lei independente sobre fronteiras e imigração", diz Trump na sua mensagem, na qual pede que não esteja vinculado "de forma alguma à ajuda externa". 

"Os democratas quebraram a imigração e a fronteira. Deveriam consertá-las", acrescentou.

Trump acusa Biden de ser fraco e de abrir totalmente a fronteira aos migrantes, o que é negado pelos democratas, que afirmam ter expulsado cerca de 460 mil pessoas em pouco mais de sete meses, até o final de dezembro, por não possuírem as condições para entrar. 

O magnata republicano promete "a maior deportação interna da história dos Estados Unidos" se voltar à Casa Branca porque acredita que os migrantes 'envenenam o sangue do país", comentários que lhe valeram comparações com Adolf Hitler.

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