Devido a ameaças dos rebeldes huthis do Iêmen ao transporte no Mar Vermelho, a empresa petrolífera Shell não permitirá que seus navios-petroloeiros transitem na região até segunda ordem, informou nesta terça-feira (16) o The Wall Street Journal (WSJ).

Segundo o jornal, a decisão do grupo, tomada na semana passada, visou a segurança de suas tripulações e o perigo de um vazamento de petróleo na região, em caso de ataques.

Questionado pela AFP, um porta-voz se recusou a comentar.

Nesta terça-feira, um navio grego foi atingido por um míssil, disparado pelo grupo huthi, enquanto se dirigia ao Canal de Suez.

Desde o final de novembro, aproximadamente 30 navios foram alvo de disparos ou ataques por parte dos rebeldes.

O grupo, apoiado pelo Irã, intensificou os ataques no Mar Vermelho, nos últimos meses, contra navios que suspeitam estar vinculados a Israel. 

Os rebeldes huthis dizem agir em solidariedade aos palestinos de Gaza, em meio ao conflito entre o Hamas e Israel.

Os ataques no Mar Vermelho, por onde passa 12% do comércio mundial, levaram os Estados Unidos e o Reino Unido a atacar os rebeldes no Iêmen na sexta (12) e sábado (13).

Em resposta, um míssil foi disparado contra um navio de carga dos Estados Unidos, sem causar feridos ou danos significativos.

Os ataques dos huthis fizeram com que muitas empresas de navegação evitassem a área - gerando custos adicionais e prazos mais longos para os fretes.

Entre as empresas petrolíferas, a BP e a QatarEnergy já anunciaram que evitarão o Mar Vermelho, assim como a gigante dinamarquesa de transporte marítimo Maersk.

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