O novo secretário-geral do Partido Socialista Português (PS), Pedro Nuno Santos, foi oficialmente empossado neste domingo (7) por militantes do partido do primeiro-ministro destituído, António Costa, prejudicado por uma questão de tráfico de influências. 

A demissão de Costa, no poder desde 2015, levou à convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março. 

"Temos a enorme responsabilidade de escrever um novo capítulo no livro dos governos do PS e do desenvolvimento do país", declarou o novo líder da esquerda portuguesa, de 46 anos, no discurso de encerramento do congresso, que reuniu os militantes de seu partido em Lisboa, na presença de Costa.

Oriundo da ala esquerda do PS, este economista de formação desempenhou um papel fundamental no primeiro governo de Costa, como secretário de Estado para Assuntos Parlamentares, responsável pelas relações com os partidos de esquerda radical que permitiram aos socialistas chegar ao poder com o objetivo de "virar a página" da política de austeridade aplicada até então pela direita. 

Portugal está imerso em uma crise política desde o início de novembro, depois de uma série de detenções e buscas que levaram à acusação do chefe de gabinete de Costa e do seu ministro das Infraestruturas em um caso de tráfico de influências.

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