O presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, viajou nesta quinta-feira (28) para Bagdá, onde expressou seu apoio "à soberania e a estabilidade" do Iraque e se reuniu com soldados destacados neste país do Oriente Médio.

Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, o território iraquiano tem sido cenário de inúmeros ataques de grupos pró-Irã contra bases americanas na região.

Sánchez expressou o "compromisso" de seu país em manter "a segurança e a estabilidade" do Iraque e se comprometeu a "apoiar a unidade, a soberania e a estabilidade do Iraque", acrescentou o líder socialista durante uma coletiva de imprensa com seu homólogo iraquiano, Mohamed Shia al Sudani.

O presidente desta nação do Oriente Médio elogiou "o apoio da coalizão aos esforços do Iraque em sua luta contra o terrorismo" e afirmou que seu país está "reavaliando as (suas) relações" com a coalizão anti-jihadista, reiterando que o seu governo "caminha para o fim da presença" desta coligação internacional, presente desde 2014.

Sánchez participou posteriormente de uma reunião com mais de 300 soldados espanhóis destacados no âmbito da coalizão internacional anti-jihadistas e da missão da Otan, liderada desde maio pelo general espanhol José Antonio Agüero Martínez. 

"No Iraque, a Espanha demonstrou durante muitos anos o nosso sólido compromisso com algo que parece estar sendo colocado em dúvida e questionado nos últimos anos: o multilateralismo", disse Sánchez durante o encontro com soldados em uma base localizada na ultra-segura Zona Verde do capital iraquiana.

Após ter sido um dos Estados por trás da invasão do Iraque em 2003, a Espanha retirou os seus soldados deste país em 2004 por iniciativa do então presidente do governo espanhol, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero.

Sánchez viajou a Bagdá acompanhado de uma delegação de empresários e afirmou ter o interesse de desenvolver o comércio bilateral com o Iraque, país que registra mais de 90% de suas receitas ao petróleo e gás. 

Sudani indicou, por sua vez, que o Iraque tomará "medidas preferenciais a favor das empresas espanholas" que queiram operar no país, segundo a agência de notícias oficial iraquiana INA.

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