A China emitiu, neste sábado (16), um alerta de frio glacial e advertiu que as temperaturas atingirão mínimos históricos em algumas áreas do norte do país. 

As autoridades meteorológicas previram na manhã deste sábado uma onda de frio sobre "a maior parte" da China que se estende até terça-feira. 

A agência de notícias Xinhua citou autoridades, dizendo que, "em algumas partes do norte da China e regiões ao longo dos rios Amarelo e Huaihe se poderá atingir temperaturas recordes, ou perto do nível mais baixo registrado para o mesmo período do ano". 

A primeira nevasca em Pequim causou atrasos no sistema de transporte e cancelamento de voos, enquanto trilhos escorregadios causaram uma colisão no metrô da cidade na noite de quinta-feira. Mais de 100 pessoas ficaram feridas.

Os turistas da capital enfrentaram o frio para visitar trechos da Grande Muralha localizados nas montanhas que margeiam a cidade, onde um monumento icônico estava coberto de neve. 

O clima excepcionalmente frio deverá se espalhar para outras partes da China, com temperaturas chegando a 0°C no sul da província de Guizhou, a cerca de 300 km da fronteira com o Vietnã. 

O presidente Xi Jinping pediu "esforços totais nas respostas às emergências", informou a imprensa estatal na noite de ontem.

Com "altos riscos de desastres" pela onda de frio, "Xi disse que se deve prestar especial atenção à prevenção de desastres e ao trabalho de resgate", segundo a Xinhua. 

"Deve-se reforçar a capacidade de fornecimento de carvão, eletricidade, petróleo e gás e se deve trabalhar para garantir que as pessoas tenham aquecimento", disse Xi, citado pela Xinhua. 

O frio polar surge depois de um verão de calor recorde e de inundações devastadoras no norte da China, os quais especialistas atribuem ao aquecimento global.

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