Vista aérea do terreno do hospital al-Ahli  -  (crédito: Shadi Al-Tabatibi/AFPTV)

Vista aérea do terreno do hospital al-Ahli

crédito: Shadi Al-Tabatibi/AFPTV

A explosão que deixou centenas de civis feridos e mortos no Hospital al-Ahli Arab, em Gaza, em 17 de outubro, pode ter sido causada por munição disparada por foguete pelos palestinos. Anteriormente, a imprensa mundial atribuiu a responsabilidade pelo ataque a Israel, conforme informações repassadas pelo Ministério da Saúde de Gaza. A informação foi divulgada nesse domingo (26/11) pela organização internacional não governamental Human Rights Watch.

Agora, a expectativa é que uma investigação possa resultar na identificação de quem lançou o foguete e se as leis de guerra foram violadas. Enquanto o Ministério da Saúde de Gaza culpa Israel pela explosão, os militares israelenses alegam que a destruição, mortes e feridos no local resultaram de um foguete da Jihad Islâmica que falhou.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 471 pessoas morreram e 342 ficaram feridas no ataque. A Human Rights Watch não conseguiu, porém, confirmar a contagem, mas alega que a quantidade de vítimas é maior. 

As provas disponíveis à Human Rights Watch tornam altamente improvável a possibilidade de uma grande bomba ser lançada do ar, como as que Israel tem utilizado extensivamente em Gaza. Os militares israelitas lançaram milhares dessas bombas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

A organização investigou a explosão analisando fotos e vídeos disponíveis ao público, analisando imagens de satélite, entrevistando cinco testemunhas do incidente e suas consequências, revisando análises publicadas por outras organizações e consultando especialistas.