Uma peça do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte, gerido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), será exibida na exposição "Para além da escravidão: construindo a liberdade negra no mundo", que marcará a reabertura do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (13/11). O item em questão é uma balança do século XVIII, utilizada na pesagem de pessoas escravizadas e atribuída a uma fazenda real.
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A mostra reúne cerca de 100 objetos, entre os quais a balança, cujo travessão está marcado com o ano de 1767. Além desses itens, há 250 imagens e dez filmes, divididos em seis seções. A estreia global da exposição ocorreu em dezembro de 2024, no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington, nos Estados Unidos.
No Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, a exposição ficará aberta ao público gratuitamente até o dia 1º de março de 2026. Durante esse período, a visitação ocorrerá sempre de quarta a domingo, das 10h às 17h. Da capital fluminense, o acervo seguirá para a Cidade do Cabo, na África do Sul; Dakar, no Senegal; e Liverpool, na Inglaterra.
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A curadoria é compartilhada com museus dos Estados Unidos, África do Sul, Senegal, Inglaterra e Bélgica. "É uma exposição sobre escravidão atlântica, global. Ela mostra, primeiro, como a escravidão é um fenômeno global e como ela envolveu todos os países do mundo Atlântico nos séculos 15 a 19, mas também mostra que a escravidão está muito ligada ao momento presente. Daí o nome Para além da escravidão, pensando as conexões com o presente", destaca Keila Grinberg, historiadora e curadora brasileira da mostra. (Com Agência Brasil)
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