Dois lavradores, de 55 e 63 anos, trocaram tiros nessa sexta-feira (15/8) e acabaram mortos em Santana do Barro, distrito de Divinolândia de Minas, na Região do Vale do Rio Doce. O motivo seria a revolta do homem de 55 anos com a venda de um lote, feita pela própria irmã. Descontente, o lavrador atirou no comprador do terreno, que disparou de volta.

De acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o homem de 55 anos mandou seis áudios para a irmã dizendo que não estava satisfeito com a venda feita por ela e avisando que cometeria o crime. “Se você fala comigo, eu tinha comprado. Você me mandou para a cadeia, que eu vou matar ele (...) Você acabou com o irmão que mais gostava de você.”

Nos áudios enviados, o lavrador repete várias vezes que teria adquirido a terra e acusa a irmã de achar que ele não tinha dinheiro para comprar. Na mesma mensagem, o homem fala que ama ela e que eles “são inimigos”. 

Mortes

Por volta de 17h dessa sexta, a Polícia Militar foi acionada pelo posto de saúde de Divinolândia de Minas, para onde o homem de 55 anos foi levado. Informada de que havia outro ferido, a guarnição se deslocou para o local indicado. 

A troca de tiros ocorreu no lote que havia sido vendido, localizado na parte de trás da casa do lavrador de 55 anos. Ele foi encontrado inconsciente e com sangramento na região do tórax pela esposa, que ouviu os barulhos dos disparos. De acordo com o boletim de ocorrência, ela também se deparou com o outro homem inconsciente. 

Também alertada pelos sons de tiros, a mulher do comprador do lote foi em busca dele, que estaria roçando o novo terreno, e tentou socorrê-lo. Ele foi colocado em uma caminhonete, que se dirigiu para atendimento médico. No meio do percurso, o veículo encontrou com a viatura e ambulância que estavam a caminho. 

No local da ocorrência, a polícia encontrou manchas de sangue e uma espingarda de fabricação caseira. Na residência do comprador do lote, a guarnição localizou um revólver calibre 38 dentro de uma sacola plástico verde, cinco cartuchos e 18 munições, além de marcas de sangue. 

Venda do lote

À polícia, a irmã do homem de 55 anos afirmou que havia negociado a venda do lote no dia 14 de agosto. Ela e o marido contaram ainda que antes da venda para o lavrador, o terreno estava prometido para a filha do irmão, mas que ela havia desistido da aquisição.

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A mulher relatou também que o pagamento referente a compra ainda não havia sido realizado e que tinha sido acordado para o dia 18 de agosto. No entanto, o comprador havia pedido permissão para começar a roçar o terreno, onde tinha a pretensão de guardar veículos, de acordo com o boletim de ocorrência.

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