Laurenice Helena Marciana da Silva foi morta no começo de março -  (crédito: Divulgação / Arquivo Pessoal)

Laurenice Helena Marciana da Silva foi morta no começo de março

crédito: Divulgação / Arquivo Pessoal

No dia 12 de março, Sebastião José da Silva, de 50 anos, estava trabalhando como caminhoneiro quando recebeu uma ligação da empresa pedindo para que ele retornasse.



“Pessoal da empresa entrou em contato comigo dizendo que tinha acontecido algo lá em casa. Perguntei se era algo com minha esposa, mas não responderam. Liguei para a nora dela, mas também não disse nada, só que era para ir embora. Isso já me deu desespero. Voltei para casa. Quando cheguei, vi umas quatro viaturas da Polícia Militar e muita gente na rua”, contou o trabalhador, em entrevista ao Estado de Minas.



Sebastião foi descobrir, minutos depois, que Laurenice Helena Marciana da Silva, de 64 anos, foi morta dentro de casa, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.



“Falei com os policiais que queria ver minha esposa, mas falaram que não poderia entrar. Comecei a chorar. Entrei em desespero. Depois de insistir, deixaram entrar. Quando vi minha esposa caída, gritei perguntando quem tinha feito isso com ela”, disse o caminhoneiro.



Essa pergunta, até agora, nem a Polícia Civil (PCMG) consegue responder. Passados 20 dias do assassinato, ninguém foi preso.



“Na ocasião, a perícia oficial esteve no local para coletar elementos que irão subsidiar a investigação. A Polícia Civil esclarece que está realizando todos os trabalhos necessários, com o intuito de elucidar o caso”, informou a PC, em nota.


Marido prefere não falar sobre suspeitas do assassinato



Na entrevista, Sebastião preferiu não falar sobre as suspeitas que têm em relação ao assassinato da esposa.



De acordo com o Boletim de Ocorrência do caso, a vítima era credora de uma dívida contraída pela nora e neta dela, e que as duas estariam negociando o pagamento dessa dívida, em parcelas.



A nora da vítima e também a neta foram localizadas, mas negaram participação no crime. Segundo os policiais, não havia elementos suficientes para conduzir as duas à delegacia.



“A gente está esperando a Justiça ser feita. O que a gente mais quer é que a Justiça seja feita. Para minimizar os danos causados e não deixar impune. Até mesmo em memória da minha esposa”, disse Sebastião.


Ausência que dói



Laurenice trabalhou durante 30 anos como cozinheira da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Casado com ela há 20 anos, Sebastião também disse que ela era muito querida no bairro.



“Era uma pessoa boa. Eu tinha uma amiga, uma companheira, uma pessoa que me ouvia. Não tomava decisão sem antes consultá-la. E levaram isso de mim. Essa pessoa que fez isso com ela, levou de mim. Meu bem mais precioso foi tirado de mim”, finalizou.