Dom Walmor Oliveira de Azevedo completa 20 anos à frente da Arquidiocese de Belo Horizonte, formada por 273 paróquias com mais de 600 padres, em 28 municípios -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)

Dom Walmor Oliveira de Azevedo completa 20 anos à frente da Arquidiocese de Belo Horizonte, formada por 273 paróquias com mais de 600 padres, em 28 municípios

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press

Uma jornada de fé e muito trabalho, com os olhos voltados para a evangelização, ações pastorais e atenção aos mais pobres, entre muitas iniciativas de fôlego e boa vontade. Nesta terça-feira (26), o arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo completa 20 anos à frente da Arquidiocese de Belo Horizonte, formada por 273 paróquias com mais de 600 padres, em 28 municípios. A celebração dessa trajetória, em plena Semana Santa, será na quinta-feira (28), às 9h, durante a Missa da Unidade, na Catedral Cristo Rei, em construção no Bairro Juliana, na Região Norte da capital. O templo, um dos orgulhos do arcebispo metropolitano, começou a ser erguido há 11 anos, logo após a bênção das máquinas.


Ao avaliar esse tempo em Minas Gerais, dom Walmor, natural de Cocos, no Sudoeste da Bahia, diz que não faria nada diferente do que ocorreu até agora. “O caminho trilhado, nessas duas décadas, teve percalços, indicando que outras rotas poderiam ter sido tomadas. Mas as dificuldades levam a aprendizados, à correção de rumos”, afirma o arcebispo. Para ele, que consolidou “um coração genuinamente baiano e autenticamente mineiro”, a força para encarar desafios vem de Deus. E está certo de que o mundo trafega em direção errada. “Tantas guerras, tantas formas de indiferença, a primazia de uma lógica determinada pelo dinheiro e muitos outros sinais fazem-nos chegar a uma triste constatação: o mundo está caminhando na contramão do Evangelho.”

 

 


O nome de dom Walmor para chefiar a Arquidiocese de BH, sucedendo o cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo (1924-2019), foi anunciado pelo papa João Paulo II (1920-2005, canonizado em maio de 2011). Na edição de 27 de janeiro de 2004, o Estado de Minas publicou a reportagem “Herdeiro da Mitra”, antecipando-se à decisão e apostando na escolha de dom Walmor. E não deu outra. Em 26 de março daquele ano, ele tomou posse como arcebispo de BH.


Na primeira conversa com o EM, em Salvador (BA), no dia do anúncio do Vaticano, dom Walmor apontou as diretrizes de seu trabalho. “Nossa fé nos exige participação e compromisso no sonho de um outro mundo possível, de reorganização, de luta contra a exclusão e a violência. O nosso sonho ultrapassa a história”. Nessa escalada, ele conta com a atuação de quatro bispos auxiliares – dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães, dom Júlio César Gomes Moreira, dom Nivaldo dos Santos Ferreira e dom Joel Maria dos Santos. Recém-nomeado pelo papa Francisco, o quinto bispo auxiliar, monsenhor Edmar José da Silva, tem ordenação episcopal marcada para 11 de maio.

Nesta entrevista ao EM, dom Walmor, que foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (de 2019 a 2023) ressalta que servir a Arquidiocese de BH, por duas décadas, é uma especial alegria. “Missão exigente e bela, com frutos possíveis graças à participação de muitas pessoas e, principalmente, pela força que vem de Deus. Estar a serviço do semelhante é dom, confere sentido ao viver.”

 

Em 26 de março de 2004, Dom Walmor assumiu como novo arcebispo  metropolitano de Belo horizonte em cerimônia no Mineirinho

Em 26 de março de 2004, Dom Walmor assumiu como novo arcebispo metropolitano de Belo horizonte em cerimônia no Mineirinho

Marcos Vieira/Estado de Minas - 26/03/2004


Qual a avaliação do senhor sobre os 20 anos à frente da Arquidiocese de Belo Horizonte?
Muitas avaliações são possíveis nessas duas décadas de tantos acontecimentos no caminho de nossa amada Arquidiocese de Belo Horizonte. Ao olhar para meu ministério, sempre busquei ser o primeiro a estar a serviço do povo de Deus na capital mineira e em sua região metropolitana. Por isso, falo com muita alegria no coração: entrego a minha vida em tudo que faço para a Igreja, para os fiéis, pois sei que a fé cristã, autenticamente vivida, pode mudar o mundo para melhor. Não são as ideologias, não é nada que possa nos dividir: a fé cristã bem vivida, com seu compromisso irrenunciável de dedicar amor ao próximo, é que pode dar rumo novo ao mundo. Sou um semeador da Palavra de Deus na Arquidiocese de Belo Horizonte, buscando contribuir para que outras pessoas possam se unir a essa semeadura, pois, conforme nos lembra Jesus, no Evangelho segundo São Mateus, “a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos”.


Há algo que o senhor faria diferente?
Nada faria de modo diferente, pois agimos sempre dentro dos nossos limites humanos, mas permanentemente abertos à ação amorosa do Espírito Santo de Deus. O caminho trilhado nessas duas décadas teve percalços, indicando que outras rotas poderiam ter sido tomadas. Mas as dificuldades levam a aprendizados, à correção de rumos. Com humildade, acolho atentamente as muitas indicações dos conselhos de nossa amada arquidiocese, antes de decisões importantes. Tudo vem sendo feito a partir do diálogo que nos amadurece, nos fortalece, ampliando horizontes de compreensão. Essa dimensão sinodal – todos juntos, protagonistas – que o Santo Padre, o Papa Francisco, quer ver ainda mais consolidada na Igreja, é vivida na Arquidiocese de Belo Horizonte. E o Espírito Santo se revela mais fortemente onde dois ou mais se unem para juntos realizarem a obra iniciada por Jesus.


O senhor começou uma grande obra, e está perto de terminá-la, que é a construção da Catedral Cristo Rei. Por que tanto empenho na edificação do templo?
Há uma dinâmica que vem me orientando desde o início do meu ministério da Arquidiocese de Belo Horizonte: conhecer sempre mais e encantar-se com a história da arquidiocese, enquanto se contempla novo horizonte. Na Igreja é assim: a tradição é um tesouro que traz lições para o presente e aponta caminhos para o futuro. O plano de edificar a Catedral Cristo Rei está na origem da arquidiocese, uma história centenária. Quando cheguei, muitos me perguntaram sobre a possibilidade de retomar o projeto. Ao conhecê-lo, pude perceber que, atualizá-lo, considerando as necessidades deste terceiro milênio, possibilitaria à Igreja Particular de Belo Horizonte ser ainda mais servidora, com a ampliação de muitos trabalhos. Por isso, antes de iniciar a construção da Catedral Cristo Rei, vivemos um tempo de muita escuta, de discernimentos, até alcançarmos uma nova concepção de catedral. Não se trata simplesmente de um templo. A Catedral Cristo Rei congrega e irradia muitos serviços nos campos da ação solidária, da evangelização, da educação, da comunicação, da promoção da cultura e da arte.


Qual a importância da catedral para os mineiros?
Certa vez ouvi de Oscar Niemeyer (arquiteto, 1907-2012) que a Catedral Cristo Rei é uma obra completa e tem tudo para ser um dos lugares mais visitados de Minas Gerais. Pela beleza arquitetônica da catedral, por seus muitos serviços, partilho dessa compreensão de que será uma referência para peregrinos, de Minas Gerais e de outros lugares do mundo. Deus se revela ao ser humano de muitas formas e se expressa também pela arte, que encanta, inspira conversão e abertura ao transcendente.


Outra frente de trabalho está na Serra da Piedade, local visitado anualmente por cerca de 500 mil pessoas. O que mais precisa ser feito no âmbito da Arquidiocese de Belo Horizonte?
O Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais é singular por muitos aspectos. Evangeliza ao encantar por sua magnífica simplicidade e singeleza, em um conjunto arquitetônico, histórico, cultural, paisagístico que está no centro e no ponto mais alto de um território marcado pela exuberância da natureza. A Arquidiocese de Belo Horizonte é a primeira a defender este território e seu conjunto arquitetônico, pedindo a cada pessoa, especialmente às autoridades, que também abracem essa nobre missão. O santuário, com mais de 250 anos de história, é herança do povo mineiro. Muitos projetos precisam avançar no processo de revitalização do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, iniciado em 2010. Aproxima-se o momento em que iremos retomar as obras da Basílica Estadual das Romarias, igreja que começou a ser construída na década de 1970, mas não foi concluída. A Basílica Estadual das Romarias, por mais de 50 anos, recebe, principalmente, grandes grupos de peregrinos. Sua conclusão e revitalização representam importante investimento na acolhida aos visitantes.


O senhor é da Bahia, mas tem muito do espírito mineiro. Quando começou essa conexão?
A cidade em que nasci, Cocos, no Sudoeste da Bahia, está em região que faz fronteira com Minas Gerais. Ali, as culturas se entrelaçam, favorecendo a criação de vínculos. Depois, pude aprender mais sobre a mineiridade quando iniciei meus estudos no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora (Zona da Mata). Uma realidade diferente, mais urbana. Ainda em Juiz de Fora, depois de ter sido ordenado padre, pude servir em muitas comunidades de fé, de diferentes regiões, que expressam, de modo diverso, a mineiridade. Até que em 1998, São João Paulo II nomeou-me bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, quando conheci outra realidade de meu estado. Cocos fica a mais de 800 quilômetros de Salvador (BA), que é uma grande capital, por onde passam cidadãos de todo o mundo. Pude, assim, reencontrar minhas raízes e, ao mesmo tempo, aprender mais sobre a multiplicidade de culturas que formam o tecido social de uma metrópole. Até que em 2004, com a nomeação para arcebispo de Belo Horizonte, matriculei-me em nova escola. A capital de Minas Gerais e as cidades de sua região metropolitana guardam a síntese do estado. Aqui, somos chamados a evangelizar em territórios urbanos e rurais, condomínios, vilas e favelas, encontrando pessoas diferentes. Na convivialidade, consolidei um coração genuinamente baiano e autenticamente mineiro.


Nesses últimos 20 anos, o senhor foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), teve problemas de saúde, passou, a exemplo de todos, pelo período da pandemia, e continua seu trabalho pastoral. De onde vem essa força?
Vem da fé, que é dom de Deus. Então, podemos dizer que a força vem de Deus. Todos esses desafios e tantos outros constituem oportunidade para testemunharmos a fé, não nos deixando abater. Tantas guerras, tantas formas de indiferença, a primazia de uma lógica determinada pelo dinheiro e muitos outros sinais fazem-nos chegar a uma triste constatação: o mundo está caminhando na contramão do Evangelho.


E para aqueles que dedicam a vida ao anúncio da Palavra de Deus, às lições de Jesus Cristo, essa realidade é ainda mais desafiadora. Não são poucos os que buscam menosprezar a força da fé, atacar a Igreja, seus ministros. Também não são poucos os que buscam desmerecer valores irradiados do Evangelho – no mundo contemporâneo, há quem considere normal querer passar por cima do semelhante para atingir certas metas. São normalizados ainda os revides,


Qual a mensagem aos mineiros na celebração desses 20 anos como bispo metropolitano de BH?
Servir a Arquidiocese de Belo Horizonte, por duas décadas, é uma especial alegria. Missão exigente e bela, com frutos possíveis graças à participação de muitas pessoas e, principalmente, pela força que vem de Deus. Estar a serviço do semelhante é dom, confere sentido ao viver, revestindo-o de uma alegria duradoura. Sou grato a cada lugar onde pude servir. Uma reverência especial à amada Arquidiocese de Belo Horizonte, onde tenho a oportunidade de ser o primeiro a estar a serviço de cada pessoa que procura se aproximar do amor de Deus.


E os planos a partir de agora?
Na gestão pastoral e administrativa da Arquidiocese de Belo Horizonte, naturalmente, existem muitos planos e metas, incontáveis, conduzidos por uma equipe competente de colaboradores, de evangelizadores. Para o meu ministério, continuo de coração aberto ao que pede a Igreja, na fidelidade ao papa Francisco, sucessor do apóstolo Pedro. Sei que o Espírito Santo tudo conduz e, em minhas orações, peço sempre para agir conforme a vontade de Deus.


Há algum momento que o senhor considera como o mais importante?
Cada momento, nestas duas décadas, guarda sua importância e renderia muitas histórias. Foram dados passos importantes no âmbito da gestão, com o início e acelerado avanço de processos de digitalização e prestação de contas. Ainda neste contexto de crescente digitalização, com o surgimento de novas linguagens, avançamos muito no campo da comunicação, intensificando ainda mais o nosso diálogo com toda a sociedade.


Buscamos sempre cultivar proximidade, amizade e espírito colaborativo com as demais arquidioceses e dioceses de Minas Gerais – pude exercer a presidência do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2007 a 2011. Investimos na formação de padres, religiosos e religiosas, de evangelizadores leigos, com a construção do Convivium Emaús e consolidação do Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa no coração da PUC Minas – câmpus Coração Eucarístico. Ainda sobre a PUC, é preciso destacar o incentivo ao estudo e pesquisa dedicados à evangelização, com especiais frutos, a exemplo do Centro de Geoprocessamento de Informações e Pesquisas Pastorais e Religiosas (Cegipar), que acompanha cientificamente a expansão de nossas comunidades de fé, nos muitos territórios.


A educação à luz do Evangelho, a partir da rede de ensino do nosso Colégio Santa Maria Minas, se expandiu para vilas e favelas, com a criação das unidades sociais nesses territórios. São cinco unidades que oferecem bolsa de estudo integral para crianças e adolescentes de famílias pobres, seguindo o mesmo padrão de ensino que consolidou o Colégio Santa Maria Minas entre as principais escolas do Estado. É sempre importante destacar que as instituições de ensino da Arquidiocese de Belo Horizonte, embora façam parte da rede particular, não objetivam o lucro. Somente no ano passado, a PUC Minas contemplou 26.496 estudantes com bolsa de estudo. Já o Colégio Santa Maria Minas, em 2023, dedicou 2.304 bolsas de estudo a alunos de famílias pobres.


Tive ainda a especial alegria de implantar o diaconato permanente na Arquidiocese de Belo Horizonte, importante força evangelizadora, formada por homens consagrados ao anúncio do Evangelho e suas esposas. Gostaria de destacar também a bênção de duas abadessas no Mosteiro Nossa Senhora das Graças, das irmãs beneditinas, simbolizando minha dedicação às muitas famílias religiosas que evangelizam na Arquidiocese de Belo Horizonte.


20 MOMENTOS

Conheça 20 realizações, celebrações e outras iniciativas na Arquidiocese de BH nas últimas duas décadas:

1) Início da construção da Catedral Cristo Rei, em Belo Horizonte. Em 20 de novembro de 2011, o terreno recebeu a cruz de 20 metros de altura e foi abençoada a pedra fundamental do templo, vinda do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de BH. Em de 7 de abril de 2013, dom Walmor e o então núncio apostólico, dom Giovanni D’Annielo abençoaram as máquinas.


2) Em 2011, começa o processo de beatificação de Irmã Benigna, da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, reconhecida pelos fiéis por sua fama de santidade.


3) Quatro Assembleias reunindo o Povo de Deus (2008, 2012, 2015, 2019) foram realizadas no ministério de dom Walmor, com participação de toda a comunidade católica e discussão de prioridades.


4) Dom Walmor lidera a revitalização do Santuário da Piedade, no alto da Serra da Piedade, iniciada em 2010. O resgate da devoção à padroeira de Minas faz crescer a presença de peregrinos no santuário. Em 2010, 30 mil pessoas estiveram no alto da Serra. Uma década depois, a média anual de visitantes subiu para 500 mil.


5) Criação do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte (em 2005), no Bairro Santa Tereza, para preservar o patrimônio cultural e religioso. Trata-se de um dos pioneiros do país na modalidade.


6) Investimento permanente na formação de padres e leigos. Em 2009, foi abençoada a pedra fundamental do Convivium Emaús, sede definitiva do Seminário Arquidiocesano Coração Eucarístico de Jesus. Inaugurado em 2018, o Convivium tem infraestrutura dedicada também à formação de fiéis leigos, recebendo retiros, cursos e celebrações. Hoje, a Arquidiocese de BH tem mais de 600 padres (diocesanos e de congregações religiosas).


7) Fortalecimento das instituições de ensino da Arquidiocese. A PUC Minas foi reconhecida a maior universidade católica do mundo, pelo Vaticano. Já o Colégio Santa Maria Minas ampliou sua presença nas comunidades mais pobres, com a criação de cinco unidades que oferecem bolsa de estudo integral para crianças e jovens.


8) Cerimônia de beatificação de Padre Eustáquio, em 15 de junho de 2006, no estádio do Mineirão, em BH, durante a Torcida de Deus.


9) Realização, em BH, da Semana Missionária, em junho de 2013, evento preparatório para a Jornada Mundial da Juventude e o Congresso Mundial das Universidades Católicas.


10) Em 19 de novembro de 2017, no contexto das celebrações dos 250 anos de peregrinações ao Santuário da Piedade, o papa Francisco eleva os dois templos existentes no alto da Serra da Piedade a basílicas, sendo a ermida do século 18 “a menor basílica do mundo”.


11) Para fortalecer e articular a ação pastoral da Arquidiocese, com especial atenção ao trabalho dedicado aos mais pobres, são criados cinco vicariatos episcopais especiais – Ação Social, Política e Ambiental, Ação Pastoral, Ação Missionária (setor Vilas e Favelas, setor Condomínios, setor Cultura e Patrimônio), Comunicação e Educação.


12) Em novembro de 2018, é celebrada a primeira missa na Catedral Cristo Rei.


13) Começa o processo de beatificação do monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro, padre da Arquidiocese de Belo Horizonte que fundou a Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. O sacerdote, no século 19, criou um educandário para acolher crianças libertas pela Lei do Ventre Livre. O educandário foi berço da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade.


14) Em 9 de dezembro de 2018, o Santuário da Piedade se torna “irmão” da Basílica da Anunciação, de Nazaré, em Israel. Como símbolo de união e fé, dom Walmor recebe uma pedra branca pertencente ao templo da Terra Santa.


15) Arquidiocese de Belo Horizonte ganha novos santuários arquidiocesanos: São José, São Francisco de Assis (Pampulha), Nossa Senhora Aparecida (Contagem), Nossa Senhora do Rosário (Brumadinho), Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Saúde (Lagoa Santa), da Saúde e da Paz (Padre Eustáquio). No total, são 15.


16) Em 10 de maio de 2019, dom Walmor assume a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dentre os desafios enfrentados, a pandemia da Covid-19, que exigiu fortes e intensas ações da Igreja no combate à transmissão da doença.


17) Em 11 de fevereiro de 2021, é comemorado o centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte, com plantio de mudas de jequitibá em diversos locais, incluindo o tricentenário Mosteiro de Macaúbas, em Santa Luzia, na Grande BH.


18) Dom Walmor lidera a missão de padres e evangelizadores na acolhida espiritual às famílias das vítimas do rompimento da barragem com rejeitos de mineração em Brumadinho, em 2019, que matou 272 pessoas e causou grave devastação socioambiental nos municípios que integram a região do Vale do Paraopeba.


19) Em 2022, dom Walmor ampara famílias, de diversos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mais gravemente atingidas pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas em janeiro. O arcebispo lança o programa Solidariedade em Rede, mobilizando as comunidades paroquiais da Arquidiocese de BH, para amparo emergencial às vítimas, com doação, principalmente, de roupas e alimentos.


20) O Santuário da Piedade sedia o lançamento do Minas Santa 2024, quando o governador do Estado, Romeu Zema, aponta o exemplo da Igreja no cuidado dedicado à Serra da Piedade. O Minas Santa é um programa do Governo de Minas de divulgação do turismo religioso.