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Projeto "Escola Livre de Artes Arena da Cultura" leva cursos de formação para as nove regiões da cidade

crédito: Prefeitura de Belo Horizonte/Divulgação

Em uma tentativa de levar cultura, arte e conhecimento para as nove regiões da capital mineira, a Escola Livre de Artes Arena da Cultura (ELA-Arena) foi criada em 2014, por meio do Decreto Municipal 15.775/2014. Inserida na política de formação e descentralização da Fundação Municipal de Cultura (FMC), a iniciativa oferece cursos e oficinas artísticas em todas as regiões de BH, com o objetivo de colocar o cidadão no centro das ações, sobretudo os menos atendidos pelos programas culturais existentes.


A história começa em 1998, com a intensa mobilização social e da classe artística e cultural de BH que cria o Programa de Descentralização Cultural Arena da Cultura. Na solenidade de abertura do projeto, na Escola Sindical 07 de Outubro, na região do Barreiro, a Arena trouxe à tona a vocação popular e democrática, sendo apresentada por lideranças comunitárias, grupos de artistas, gestores culturais e população.


A expansão deste programa criou a ELA-Arena em 2014 que, atualmente, realiza atendimento para cerca de 2.500 alunos contando com dez coordenações artísticas e culturais. "A partir disso ela se consolida como uma política pública estruturada e passa a ter um orçamento garantido, um trabalho de seleção e com ações continuadas, processos de formação longos e também atividades de curta duração, além de rodas de conversas, oficinas e outras coisas", afirma Eliane Parreiras, Secretária Municipal de Cultura e Presidente interina da Fundação Municipal de Cultura. Além dos cursos de longa e curta duração, são ofertadas oficinas, laboratórios de pesquisa e encontros de brinquedos e brincadeiras. A abordagem metodológica está amparada por quatro diretrizes:democratização do acesso, diversidade, descentralização e participação social. Todos os cursos oferecidos são gratuitos, para pessoas de todas as idades e os alunos recebem certificado de conclusão.

 

De acordo com a Secretária da pasta, a ELA-Arena desempenha um papel fundamental para a capital mineira, já que, com as oportunidades de formação oferecidas, capacitou diversos belo-horizontinos. "Tem profissionais que saíram do Arena que hoje dão aula, então é uma importância enorme tanto para aqueles que desejam se profissionalizar e seguir na carreira, quanto para aqueles que desejam ter um aperfeiçoamento profissional em outros setores e de crescer dentro da dimensão humanística, da formação artística.", conta. Ela continua: "É um programa que tem uma avaliação extraordinária por parte daqueles que são beneficiados, então a gente pode dizer que é um dos programas que a gente mais se orgulha porque tem um resultado efetivo e impacto enorme na vida das pessoas e das suas famílias."

 

Neste ano, além dos cursos nas 10 áreas artísticas, a ELA-Arena conta também com um programa de formação com professores da rede municipal, chamado de Integrarte. "Temos também a mostra da Arena da cultura e muitas atividades em parceria com outras instituições e outros espaços. O objetivo é sempre buscar que essa produção seja cada vez mais um estímulo a participação social a participação das pessoas na vida Cultural de Belo Horizonte.", pontua Parreiras. A mostra a que a Secretária menciona, é a exposição do trabalho de pesquisa e de formação desenvolvido ao longo do ano no projeto. "É fundamental essa experiência de ter a prática, onde as pessoas vão para o palco, tem a experiência do contato com o público e se desenvolvem dentro das suas atividades e dali saem coletivos, outras pesquisas, e outros trabalhos", completa. 

 

Os interessados em fazerem parte da escola, podem se inscrever para as atividades artísticas e culturais a serem realizadas no primeiro semestre de 2024. Os cursos serão ofertados em 23 unidades culturais de todas as regiões de Belo Horizonte e, em formato virtual, por meio da Escola Expandida.


São 2 mil vagas nas áreas de artes visuais, audiovisual, bastidores das artes, circo, dança design popular gestão e produção cultural, música, patrimônio cultural e teatro, para todas as faixas etárias, além dos Encontros de Brinquedos e Brincadeiras e estudos sobre cultura da infância. As atividades acontecem em todos os 17 centros culturais, Cine Santa Tereza e o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado (CRCP) receberão atividades presenciais. Também estão previstas ações no Núcleo de Formação e Criação Artística e Cultural - NUFAC, no Centro de Referência das Juventudes, Cine Santa Tereza, Museu da Moda e Centro de Referência da Dança de Belo Horizonte - CRDançaBH. A programação completa e as inscrições podem ser acessadas através do site www. prefeitura.pbh.gov.br 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Oliveira