A dengue possui diferentes tipos, sendo um deles o mais perigoso, a hemorrágica, devido ao risco de morte, porém, até mesmo uma manifestação mais leve pode comprometer a saúde ocular -  (crédito: Freepik)

O número de casos confirmados pela doença em BH subiu de 7.665 para 8.887 em três dias

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Os casos de dengue em Belo Horizonte aumentaram em 16% no período de três dias. O número de casos confirmados da doença subiu de 7.665 para 8.887, de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, nesta sexta-feira (1/3). Não houve aumento no número de mortes confirmadas na capital.

A Região Centro-Sul foi a que teve maior aumento no número de casos confirmados em BH novamente. Em três dias, 289 novos casos foram registrados. Em seguida vem a Região do Barreiro, com mais 283 novos casos confirmados. A Região de Venda Nova também teve um aumento de casos considerável, de 224 novas confirmações.

As mesmas regionais são as que registraram maior número de casos até agora neste ano, totalizando, até esta sexta (1), 1.450, 1.498 e 1.425, respectivamente. A Região Centro-Sul lidera o número de casos confirmados.

Chikungunya

Neste ano, foram confirmados ainda 616 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte. O número de mortes em BH continua sendo apenas uma. No dia 27, os casos de chikungunya eram de 542. Como a dengue, também houve aumento, mas de 13,%. Não há casos de zika confirmados na capital.

O prefeito Fuad Noman (PSD), por meio do Diário Oficial do Município (DOM), decretou situação de emergência em saúde pública na capital mineira devido ao número de casos de dengue, chikungunya e zika na cidade, no dia 17 de fevereiro.

A decisão levou em conta que BH atingiu uma incidência média superior a 300 casos prováveis de dengue por 100 mil habitantes, caracterizando um estado de epidemia estabelecida, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde.

Vacinação 

Em meio ao aumento de casos das arboviroses transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, a vacinação contra a dengue começou nessa terça-feira (27/2) nos 152 Centros de Saúde de Belo Horizonte. A aplicação da vacina Qdenga será inicialmente em crianças de 10 e 11 anos.

A capital mineira recebeu do Ministério da Saúde cerca de 49,5 mil doses do imunizante, destinadas à aplicação de primeiras doses, contemplando as duas idades, que totalizam cerca de 48 mil pessoas. Como o esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses, será necessário que o município receba mais vacinas para a posterior aplicação da segunda dose.

No mesmo dia do início da vacinação em BH, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias, disse, em coletiva, que a pressão no sistema de saúde só deve dar trégua em maio. Borges afirmou, ainda, que a epidemia se anuncia como a pior da história.