Suspeito da morte de Ana Luíza nunca esteve preso onde alegou ter sido agredido -  (crédito: Facebook)

Suspeito da morte de Ana Luíza nunca esteve preso onde alegou ter sido agredido

crédito: Facebook

Davi Martins Santos, suspeito do assassinato da adolescente Ana Luiza Silva Gomes, de 12 anos, nunca esteve preso no Ceresp Gameleira, onde diz ter sido agredido. É o que garante a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Na audiência de conciliação, a juíza Juliana Miranda Pagano havia determinado um pedido de apuração do caso.

Segundo a nota oficial da Sejusp, o preso Davi Martins Santos não possui registro de admissão no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira.

Após a ratificação da prisão, ele foi conduzido ao Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na quinta-feira (18/1), onde permanece em cela isolada, por questões de segurança e à disposição da Justiça.

A nota do Sejusp diz ainda que “não há registro de qualquer situação violenta relacionada a esse preso na José Martinho Drumond. De qualquer forma, como resguardo institucional, considerando os valores do Depen-MG e compromisso com a adequada custódia dos presos, o detento será encaminhado para exame de corpo de delito”.

Na audiência de custódia, na quinta-feira pela manhã, a juíza Juliana Miranda Pagano converteu a prisão em flagrante de Davi Martins Santos para preventiva, a fim de garantir a aplicação da lei penal na apuração do homicídio da adolescente de 12 anos encontrada na calçada ao lado da casa do acusado, no dia anterior.

O que diz o acusado

Na audiência, o acusado admitiu que esteve com a adolescente e que teria encontrado com ela em um campo de futebol próximo da casa dele. Ele alegou que a garota estava consumindo "loló" e que estava passando mal. Ele disse também que teria levado a menina para casa dele a fim de ajudá-la.

O acusado afirmou que a garota voltou a passar mal e que, por esse motivo, ele mesmo teria chamado o SAMU e levado a garota para fora de casa tentado reanimá-la com auxílio de um transeunte.

Na análise do pedido de conversão da prisão do acusado para preventiva, a juíza Juliana Pagano citou os antecedentes criminais do acusado que já responde por outros dois processos: tráfico de drogas e estupro de vulnerável.

No despacho da juíza, ela entende que as imagens das câmeras do imóvel vizinho não corroboram a versão apresentada pelo acusado.