A cadela pastor alemão, Pandora, morreu alvejada por três disparos de arma de fogo -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

A cadela pastor alemão, Pandora, morreu alvejada por três disparos de arma de fogo

crédito: Reprodução/Redes Sociais

O tutor de uma cadela pastor alemão registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM) de Uberaba, no Triângulo Mineiro, para denunciar uma equipe de policiais militares da cidade por executar o animal durante uma ação policial, no fim do ano passado.

Segundo relato do tutor do cão, ele estava dentro de casa, quando, em 26 de dezembro, ouviu um primeiro tiro contra o animal, de nome Pandora, sendo que, logo em seguida, a cadela começou a chorar.

Ao sair de casa, ele disse que viu um dos três policiais que estavam no local efetuar um segundo disparo contra a cadela que corria de volta ao seu abrigo. E que, em decorrência do segundo tiro, Pandora caiu no chão e não conseguiu mais se locomover. O tutor do animal também relatou que viu quando um dos policiais se aproximou do animal e efetuou um terceiro disparo, matando a cadela.

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Versão da PM

Já outro registro da PM sobre o caso diz que, inicialmente, a equipe de policiais foi verificar um local que havia sido denunciado por supostamente ter recebido objetos (TV e um notebook) de receptação de um furto.

Ao chegar ao local, os militares relataram que o portão estava destrancado e depois que um dos policiais abriu o mesmo, o cachorro, de forma repentina, saiu para a calçada e atacou um dos militares, mordendo-o na coxa.

Também consta no registro da PM que após alguns instantes, o militar conseguiu se desvencilhar da cadela, que atacou um segundo militar.

“Para evitar ser atacado e visando espantar o animal, efetuou disparo de arma de fogo rumo a parte debaixo da parede, porém devido à dinâmica da ação do cão, uma vez que ele havia iniciado a investida, o animal foi alvejado na altura da cabeça, tendo iniciado intenso sangramento na altura do focinho (...) visto a situação crítica do animal, foi efetuado mais dois disparos de arma de fogo a fim de cessar o sofrimento intenso pelo qual este passava”, diz outro trecho do registro policial.

Nada de ilícito no local



Tanto o registro da PM de Uberaba quanto o registro do tutor da cadela afirmaram que nada de ilícito foi encontrado no local da ocorrência e de posse do tutor de Pandora.

“A Associação Uberabense de Proteção aos Animais (Supra) ofereceu ajuda jurídica para o tutor da cadela e já acionamos o deputado Fred Costa para que ele entre em contato na Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais para saber o andamento do caso. Além disso, no momento que ficamos sabendo do caso, a Supra ofereceu toda ajuda jurídica para o tutor do animal”, contou a vereadora Denise da Supra.