Sinalização precária é um dos problemas apontados pela pesquisa CNT, o que dificulta orientação de motoristas e aumenta risco de acidentes -  (crédito: CNT/Divulgação)

Sinalização precária é um dos problemas apontados pela pesquisa CNT, o que dificulta orientação de motoristas e aumenta risco de acidentes

crédito: CNT/Divulgação

A solução dos problemas da rodovia BR-262 passa necessariamente por investimentos e ampliação da estrada ou duplicação, na avaliação do professor do Departamento de Engenharia de Transportes do Cefet-MG, Raphael Lúcio Reis dos Santos. Contudo, ele destaca ser necessário interesse político e prático para que esse processo tenha prioridade.

“Um ponto importante do investimento e da destinação das verbas para as rodovias passa por política pública e priorização do Estado para esse processo de investimentos e concessões. Mas isso passa também pela importância da rodovia para o transporte de carga. Não é o que acontece, na prática, com a BR-262, já que temos corredores principais de escoamento que concentram mais atenção, como a BR-381, a BR-101 e a BR-116. Esses são grandes corredores de escoamento de produtos e que acabam concentrando mais atenção”, afirma o professor.

Raphael Lúcio dos Santos destaca a importância da Pesquisa CNT para o planejamento dos viajantes. “A pesquisa faz um diagnóstico amplo das rodovias, do estado de conservação do pavimento e outras características que merecem atenção. Tendo ciência dessa avaliação ruim, o motorista precisa estar preparado para sair sem pressa, adotando a velocidade de operação correta e segura. Ficar atento a pontos de canteiros de obras, ao tráfego maior e se preparar para reagir a paradas bruscas e buracos. O importante é chegar bem; se atrasar não é importante”, considera.

Sobre o pavimento esburacado, o especialista destaca que pior do que qualquer dano aos pneus e suspensão é a ocorrência de acidentes. “Ao se identificar um buraco, a manobra de desvio em uma pista simples exige cuidado ainda maior, pois o motorista terá de considerar o tráfego na via oposta, e isso amplia os riscos de colisões frontais ou saída de pista. É preciso respeitar a velocidade, entender as condições do pavimento, se é uma estrada de curvas muito fechadas e até mesmo as condições do tempo, como as chuvas. Aí, a diminuição da velocidade e a visibilidade são ainda mais importantes”, afirma o professor.