Intervenção na estação de Chiador, que terá finalidade cultural, vai demandar recursos de R$ 9,5 milhões -  (crédito: Ailton Magioli/Arquivo Pessoal)

Intervenção na estação de Chiador, que terá finalidade cultural, vai demandar recursos de R$ 9,5 milhões

crédito: Ailton Magioli/Arquivo Pessoal

A primeira estação ferroviária de Minas Gerais, localizada em Chiador, na Zona da Mata, começa a ser salva da destruição. A Eletrobras Furnas, patrocinadora da restauração do imóvel histórico, informa que iniciou a mobilização e a instalação do canteiro das obras, já podendo ser vistos tapumes e placas indicando os serviços no Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Estação Ferroviária de Chiador.

A Eletrobras Furnas adianta que teve início a análise dos projetos executivos apresentados pela empresa Minas Construções e Restaurações Ltda., contratada para a elaboração do projeto executivo e realização da obra, cujo prazo previsto para conclusão é de 15 meses. A estação foi inaugurada em 1869 pelo imperador dom Pedro II (1825–1891).

Na cidade distante 342 quilômetros de Belo Horizonte, expectativa é grande para restauração da estação de trem. Depois de uma espera de décadas, que quase sepultou o que restou do prédio pioneiro do patrimônio ferroviário de Minas, os recursos estão assegurados pela Eletrobras Furnas, no valor de R$ 9,5 milhões. Em entrevista ao Estado de Minas, o secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente, Jaime Wojciuk, explicou que o espaço, a ser administrado pela prefeitura local, terá finalidade cultural e serviços, incluindo cafeteria, para atender moradores e turistas.

O contrato para o desenvolvimento do projeto executivo e execução dos serviços de restauro integral do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Estação Ferroviária de Chiador foi assinado pela Eletrobras Furnas em julho deste ano com a empresa Minas Construções e Restaurações Ltda.

 

Na cidade distante 342 quilômetros de Belo Horizonte, expectativa é grande para restauração da estação de trem

Na cidade distante 342 quilômetros de Belo Horizonte, expectativa é grande para restauração da estação de trem

Furnas/Divulgação

História

Inaugurado em 1869 por dom Pedro II e distante seis quilômetros do Centro da cidade, o imóvel histórico – antes pertencente à extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e atualmente de propriedade da União, sob guarda do município – está no alvo das preocupações dos moradores. “Há 40 anos, lutamos pela recuperação da estação, um bem da nossa cidade e de Minas”, ressalta o jornalista Ailton Magioli. Para ele, o funcionamento do prédio, após o restauro, deverá fomentar a cultura e atrair visitante. “Queremos que a finalidade seja cultural e haja manutenção para não deteriorar novamente.”