Obras do túnel da Lagoinha, que foi finalizada em 1973, contando com uma estrutura subterrânea de 390 metros de extensão -  (crédito: Gines Gea Ribera/Arquivo EM)

Obras do túnel da Lagoinha, que foi finalizada em 1973, contando com uma estrutura subterrânea de 390 metros de extensão

crédito: Gines Gea Ribera/Arquivo EM

O túnel da Lagoinha é um dos pontos mais frequentados pelos motoristas que passam pelo Centro de Belo Horizonte e vão acessar os bairros do lado Nordeste da capital mineira ou no sentido contrário. A passagem está localizada no Complexo da Lagoinha, região que conta com diversas estruturas viárias que ligam o Centro às regiões Leste e Oeste e conectam às Avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Pedro II.

O complexo viário surgiu com o aumento populacional e crescimento da cidade. A Lagoinha já não comportava o grande fluxo de veículo e foi necessária a construção de um projeto ambicioso - o túnel da Lagoinha era uma destas soluções.

O local escolhido para levantar a construção foi a chácara do Tortolla, uma extensa horta cuja produção ia para os moradores e comércios de bairros próximos, principalmente da Lagoinha e Bonfim. Em 1930, já rondava os principais projetos da capital mineira a ideia de realizar a abertura de um túnel na região, mas com o fim da primeira gestão do prefeito Octacílio
Negrão de Lima, em 1938, as obras foram deixadas de lado e só foram retomadas 30 anos depois.

Assim, começaram as obras do túnel da Lagoinha, que foi finalizada em 1973, contando com uma estrutura subterrânea de 390 metros de extensão, comportando os dois sentidos do tráfego de veículos, com via de mão dupla. O rápido crescimento populacional fez com que, 12 anos depois, uma duplicação fosse realizada na estrutura (foto acima), maior do que a antiga, com 435 metros de comprimento, formando duas galerias, batizadas de Túnel Prefeito Souza Lima, no sentido Centro, e Túnel Presidente Tancredo Neves, no sentido contrário.

Atualmente, o túnel da Lagoinha recebe diariamente cerca de 80 e 90 mil veículos que vêm e vão para a Avenida Cristiano Machado.

* Estagiário sob supervisão do subetidor Rafael Rocha