Artes
Henri Matisse: a trajetória do francês que revolucionou a arte moderna
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Recentemente, no início de dezembro de 2025, o nome do artista apareceu no noticiário no Brasil. Isso porque criminosos roubaram oito gravuras do francês e outras cinco do brasileiro Cândido Portinari que estavam expostas na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Foto: Reprodução de Instagram -
Nascido em Le Cateau-Cambrésis, no norte da França, Matisse cresceu em uma família de classe média ligada ao comércio de grãos. Nada em sua juventude indicava que ele se tornaria um revolucionário das artes visuais. Foto: The Museum of Modern Art Archives -
Seu primeiro caminho profissional foi o Direito, área que estudou em Paris e exerceu brevemente, até que uma crise de saúde, no início da década de 1890, o obrigou a um período de repouso. Foto: The Museum of Modern Art Archives -
Foi durante essa convalescença que teve o primeiro contato mais sistemático com as artes plásticas, experiência que ele próprio descreveu como uma revelação capaz de dar novo sentido à sua vida. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
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Determinado a abandonar a carreira jurídica, Matisse ingressou em escolas de arte e teve formação sólida, estudando com mestres como Gustave Moreau, que o incentivou a buscar uma linguagem pessoal sem abrir mão do rigor técnico. Foto: Jean-Pierre Dalbéra/Wikimédia Commons -
Nos primeiros anos, sua produção dialogou com o realismo e o impressionismo, com especial atenção à luz e à observação direta da natureza. No entanto, já se notava uma inquietação que o afastava do registro puramente óptico e o aproximava de soluções mais expressivas. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
A virada decisiva ocorreu no início do século 20, quando Matisse passou a explorar o uso intenso da cor como elemento estrutural das obras, retirando a função meramente descritiva e transformando-a em meio autônomo de emoção e construção espacial. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
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Essa postura o levou a ocupar papel central no fauvismo, movimento que, embora breve, causou impacto profundo na arte europeia. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
Ao lado de artistas como André Derain e Maurice de Vlaminck, Matisse apresentou obras marcadas por cores puras, contrastes violentos e simplificação das formas, o que escandalizou a crítica conservadora. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
Ao longo das décadas seguintes, Matisse desenvolveu uma obra extremamente coerente e, ao mesmo tempo, aberta à experimentação. Criações como “A alegria de viver”, “A dança”, "A Conversa" e “A música” tornaram-se marcos da arte moderna ao propor figuras planas, espaços quase abstratos e uma concepção ornamental da superfície pictórica. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
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Paralelamente, dedicou-se intensamente ao desenho, à gravura, à escultura e às artes decorativas, incluindo cenários e figurinos para balés e óperas. Foto: Tamara Karsavina/Wikimédia Commons -
Seu interesse por culturas não europeias, especialmente a arte islâmica e africana, ampliou seu repertório formal e reforçou sua busca por síntese e essencialidade. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
A partir dos anos 1940, após uma cirurgia grave que comprometeu sua mobilidade, Matisse reinventou novamente seu modo de criar. Limitado fisicamente, passou a trabalhar com recortes de papel colorido, os célebres gouaches découpés, nos quais desenhava com a tesoura, explorando formas orgânicas e cores vibrantes em composições de grande liberdade. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
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Nesse mesmo período, realizou um de seus projetos mais ambiciosos: a Capela do Rosário, em Vence, para a qual concebeu vitrais, painéis, mobiliário e vestes litúrgicas, unindo espiritualidade, simplicidade e modernidade. Foto: Matthias Holländer -
Do ponto de vista pessoal, Matisse levou uma vida marcada por disciplina quase monástica em relação ao trabalho artístico. Reservado, manteve uma rotina rigorosa no ateliê e acreditava que a arte deveria oferecer ao espectador um espaço de repouso e contemplação, especialmente em tempos de tensão e violência. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
Sua relação com outros artistas, em especial com Pablo Pi-casso, foi marcada por rivalidade e respeito mútuo, um diálogo tenso que impulsionou ambos a avançar constantemente em suas pesquisas formais. Foto: Domínio público -
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Henri Matisse morreu em 1954, aos 84 anos, deixando uma obra vasta e decisiva, que atravessa estilos, técnicas e períodos históricos sem jamais perder unidade interna. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons