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Braille: como um jovem francês revolucionou a leitura para pessoas cegas
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Sua origem remonta ao início do século 19, período em que as opções de leitura para cegos eram extremamente limitadas. Na época, a aprendizagem se restringia a livros com letras em relevo, volumosos, caros e difíceis de produzir. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
Além disso, o método permitia que o leitor apenas reconhecesse palavras já impressas, mas não permitia a escrita independente, algo que inquietava profundamente o jovem Louis. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Louis Braille nasceu em 1809, na pequena cidade de Coupvray, perto de Paris. Aos três anos, sofreu um acidente na oficina de seu pai, um artesão de couro, perfurando o olho com uma ferramenta pontiaguda. A infecção se espalhou para o outro olho, e Louis ficou totalmente cego ainda na infância. Foto: Chabe01/Wikimédia Commons -
Determinado a estudar, ele foi aceito, aos dez anos, no Instituto Nacional de Jovens Cegos, em Paris, uma das primeiras instituições no mundo dedicadas à educação de crianças com deficiência visual. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
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Foi ali que ele teve os primeiros contatos com métodos de escrita tátil, embora rudimentares, e também onde descobriu a necessidade de um sistema mais eficiente. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
A grande virada aconteceu quando Louis, já adolescente, conheceu o "escrito noturno", um código criado por Charles Barbier. O militar havia desenvolvido um sistema em relevo composto por doze pontos, utilizado para transmitir mensagens silenciosas durante operações militares noturnas. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Louis Braille, então com apenas 15 anos, viu potencial naquele código e começou a estudá-lo profundamente. Convencido de que poderia aperfeiçoá-lo, passou a trabalhar em uma versão simplificada, ajustada à sensibilidade dos dedos e capaz de representar letras, números, música e símbolos diversos. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
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Em 1824, Louis apresentou sua primeira versão do sistema que levaria seu nome. Ele reduziu as células táteis para seis pontos organizados em duas colunas de três, o que permitia uma leitura muito mais rápida e uma escrita mais intuitiva. Cada combinação desses pontos poderia representar letras, acentos, pontuação e sinais matemáticos. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Com o tempo, Braille expandiu o sistema para incluir notação musical, tornando possível que músicos cegos tivessem acesso à formação teórica da mesma forma que leitores comuns. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Em 1829, ele publicou o primeiro manual oficial com as regras do braille. Apesar de sua eficiência, o novo sistema não foi imediatamente aceito. Muitos educadores achavam o braille complicado ou temiam que a escrita em relevo tradicional fosse abandonada. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
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Louis Braille, entretanto, continuou ensinando o método aos alunos do instituto, que rapidamente perceberam suas vantagens. As crianças liam mais rápido, escreviam com autonomia e conseguiam acessar conteúdos que antes eram impossíveis. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Aos poucos, o sistema ganhou força dentro da comunidade de alunos, mesmo sem reconhecimento institucional. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Louis Braille morreu jovem, em 1852, aos 43 anos, sem testemunhar a plena aceitação de sua invenção. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
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Apenas dois anos após sua morte, o sistema braille foi oficialmente adotado pelo Instituto Nacional de Jovens Cegos e, a partir daÃ, começou a se espalhar pelo mundo. Foto: FLLL/Wikimédia Commons -
No final do século 19, já havia sido traduzido para diversos idiomas e adaptado às especificidades linguísticas de cada país. O Brasil adotou oficialmente o braille em 1854, sendo a primeira nação da América Latina a reconhecer o sistema. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
Hoje, o braille é uma das conquistas mais importantes na história da acessibilidade. Presente em livros, elevadores, embalagens, placas de sinalização e equipamentos públicos, ele representa não apenas um método de leitura e escrita, mas um sÃmbolo de inclusão e autonomia. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production -
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A criação de Louis Braille transformou a educação de pessoas cegas e possibilitou que milhões de indivíduos tivessem acesso ao conhecimento, à cultura e ao mundo letrado. Foto: Reprodução do Youtube Canal Film 25 production