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Descoberta arqueológica revela cidade submersa no Quirguistão
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A pesquisa envolveu especialistas do Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências e do Instituto B. Dzhamgerchinov. Juntos, eles mapearam áreas submersas do lago Issyk-Kul ao longo de 2025. A missão buscou compreender como um assentamento medieval floresceu e depois afundou. Ciência, tecnologia e história de mãos dadas em uma investigação sem precedentes. Foto: reprodução -
Na primeira fase, em julho, foi testado o sistema robótico Trioniks-6M. O veículo operou com apoio do posicionamento hidroacústico RWLT, guiado por boias de geoposicionamento. Essa combinação eliminou pontos cegos e garantiu até quatro horas de operação diária. O resultado foi um mapeamento preciso de estruturas medievais no fundo do lago. Foto: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências -
O levantamento cobriu cerca de 20 mil metros quadrados de área submersa. Entre os achados, destacou-se uma estrutura de tijolos contendo uma pedra de moinho. Bases de árvores submersas também foram identificadas, sugerindo mudanças ambientais antigas. Além disso, pontos de coleta de amostras foram marcados para análises futuras. Foto: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências -
Outra equipe concentrou-se nos petróglifos próximos à vila de Ornok, na margem norte, e daí foram criados ortofotomapas e modelos fotogramétricos detalhados. Um Sistema de Informação Geográfica reuniu todos os dados coletados, o que servirá para que esse acervo digital seja fundamental para conservação e estudos posteriores. Foto: reprodução/ tripadvisor -
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Segundo comunicado oficial, o sistema desenvolvido permitirá criar a primeira cópia digital integral dos monumentos da região, assegurando que seu valor histórico seja preservado contra erosão e perda cultural. A proposta une arqueologia e inovação tecnológica em benefício da memória histórica. O projeto, aliás, é pioneiro na Ásia Central. Foto: reprodução -
Entre setembro e outubro, os trabalhos se concentraram em Toru-Aygyr, no noroeste do lago, onde o sítio reúne restos de uma grande aglomeração medieval. A cidade prosperou entre os séculos 10 e 13, mas afundou no século 15, possivelmente por causas tectônicas, ambientais ou ligadas ao nível das águas. Foto: reprodução -
No primeiro sítio explorado, destacaram-se edifícios de tijolos cozidos, e a equipe ampliou o modelo fotogramétrico do chamado Sítio 9. Lá foi recuperado um elemento arquitetônico único em tijolo que sugere a existência de um edifício público de destaque, possivelmente decorado. Foto: gemini ia/imagem meramente ilustrativa -
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O segundo sítio revelou uma necrópole muçulmana dos séculos 13 e 14, com área de cerca de 300 por 200 metros, e que está fortemente erodida. Algumas sepulturas, aliás, expõem esqueletos devido à ação das águas. A orientação dos corpos, aliás, confirma o rito islâmico voltado para Meca. Foto: gemini ia/imagem meramente ilustrativa -
Para evitar destruição total, duas sepulturas foram trazidas à superfÃcie, uma masculina e outra feminina, que serão estudadas em detalhe. Os restos mortais, por sua vez, permitirão análises antropológicas profundas em ação que virá de encontro à preservação de fragmentos da vida medieval submersa. Foto: gemini ia/imagem meramente ilustrativa -
O terceiro sítio mostrou que o assentamento se expandiu para o sul, onde foram encontradas três sepulturas de um cemitério mais antigo, cujo espaço foi recoberto por novas estruturas do povoado. A descoberta indica, assim, mudanças no uso do território ao longo dos séculos. Foto: gemini ia/imagem meramente ilustrativa -
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O quarto sítio, na porção oeste, revelou águas rasas com estruturas retangulares bem preservadas. A conservação foi favorecida pela profundidade reduzida, em que arqueólogos realizaram perfurações subaquáticas com o objetivo de obter uma coluna estratigráfica para estudo. Foto: reprodução/ tripadvisor -
Foram recolhidas amostras de paredes de adobe e do solo, cujos materiais ajudarão a reconstruir técnicas construtivas antigas. Também permitirão entender etapas de ocupação da cidade. A análise, portanto, dará pistas sobre a vida cotidiana medieval. Foto: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências -
As descobertas reforçam a importância de Toru-Aygyr como complexo arqueológico, tratando-se de um dos sítios submersos mais relevantes da Ásia Central, onde cada temporada de escavações revela novos fragmentos. Assim, o passado medieval começa a ser reconstituído com precisão. Foto: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências -
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O uso de robôs subaquáticos foi decisivo para o sucesso, pois o monitoramento em tempo real eliminou falhas de cobertura, enquanto a tecnologia permitiu operações contínuas e seguras. A arqueologia, desse modo, ganha novas ferramentas para explorar ambientes extremos. Foto: reprodução -
A expedição reuniu especialistas de diferentes países que colaboraram para o fortalecimento da pesquisa e ampliação de perspectivas. O trabalho conjunto garante maior rigor científico, e o projeto se torna exemplo de integração acadêmica global. Foto: gemini ia/imagem meramente ilustrativa -
Além das estruturas, foram identificados objetos raros que ajudam a compreender práticas culturais e econômicas, de modo que cada artefato é peça-chave para reconstruir a vida medieval. O lago, em sua função, trabalha como uma cápsula do tempo natural. Foto: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências -
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Os pesquisadores afirmam que cada nova temporada trará mais descobertas a fim de que ocorra com precisão a reconstituição da cidade medieval submersa. Com tecnologias inovadoras que permitem avançar sem destruir o patrimônio, Toru-Aygyr se consolida como referência mundial em arqueologia subaquática. Foto: reprodução/ tripadvisor