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Grande Otelo: como o órfão de pai, entregue ao circo pela mãe alcoólatra, virou um ícone do cinema e da TV
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Sebastião Bernardes de Souza Prata nasceu em 18 de outubro de 1915, em Uberlândia, Minas Gerais, e viria a ser famoso ainda jovem como Grande Otelo. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
A sua infância foi marcada por graves dificuldades e tragédias. O pai de Grande Otelo morreu esfaqueado quando ele tinha apenas dois anos, e sua mãe enfrentava problemas com alcoolismo, circunstâncias que o deixaram em situação de vulnerabilidade desde cedo. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
No início dos anos 1920, Grande Otelo começou a se apresentar em picadeiros de circo em Uberlândia. Ainda na infância, foi entregue pela mãe à companhia mambembe de Abigail Parecis e levado para São Paulo. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
A origem do apelido Grande Otelo é controversa, mas sabe-se que a referência é ao personagem da peça de Shakespeare e uma brincadeira com a baixa estatura do ator - apenas 1,5m. Foto: Reprodução do Facebook Nota -
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Na década de 1930, sua carreira no teatro de revista ganhou força e ele passou a ganhar notoriedade com o público. O gênero era muito popular no Brasil no inÃcio do século 20 e Otelo integrou companhias como a de Jardel Jércolis, participando de espetáculos de variedades, música e comédia. Foto: DomÃnio Público/Wikimédia Commons -
No campo cinematográfico, Grande Otelo iniciou suas participações já em 1935, no filme “Noites Cariocas”. Mas foi durante o período das chanchadas, nas décadas de 1940 e 1950, que consolidou seu lugar no cinema nacional, sobretudo por sua parceria com o comediante Oscarito. Juntos, eles protagonizaram sucessos que marcaram a cultura popular brasileira como "Carnaval Atlântida". Foto: divulgação -
Em 1942, teve uma experiência internacional relevante ao participar das filmagens do projeto “It’s All True”, idealizado pelo celebrado diretor americano Orson Welles. Mesmo que o filme tenha ficado inacabado, o episódio ficou como um marco simbólico em sua carreira. Foto: Reprodução do Youtube canal Persona -
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Welles ficou impressionado com a naturalidade de Grande Otelo diante da câmera e chegou a classificá-lo como o maior ator do Brasil. Foto: Divulgação -
Com o declínio das chanchadas, Grande Otelo demonstrou versatilidade ao migrar para papéis dramáticos. Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons -
Um de seus papéis mais memoráveis foi no filme “Macunaíma”, de 1969, baseado na obra de Mário de Andrade e com direção de Joaquim Pedro de Andrade. Foto: divulgação -
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Pela atuação no filme em que contracenou com ícones como Paulo José e Jardel Filho, ele foi premiado na categoria de Melhor Ator do Festival de Brasília de 1969. Foto: Reprodução do Youtube canal Persona -
Entre outros filmes marcantes da trajetória do ator mineiro estão â??Rio, Zona Norteâ?, de Nelson Pereira do Santos, â??Assalto ao Trem Pagadorâ?, de Roberto Farias, e â??Lúcio Flávio, o Passageiro da Agoniaâ?, de Héctor Babenco. Foto: divulgação -
Na televisão, sua presença foi constante. Grande Otelo atuou em novelas, programas de humor e produções de longa duração. Foto: divulgação -
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Em relação a novelas, ele trabalhou em produções como “Uma Rosa com Amor”, de 1972, no papel de Pimpinoni, e “Sinhá Moça”, de 1986, onde interpretou o personagem Justo. Foto: - divulgação -
Sua última aparição em novelas foi em “Renascer”, de 1993, quando teve uma participação especial ao encarnar o personagem Chico das Mortes. Foto: Reprodução do Youtube canal Persona -
Grande Otelo também envolveu-se com música. Ele interpretou sambas e marchinhas, além de compor canções populares com grandes nomes da música brasileira, como Herivelto Martins e Wilson Batista. Entre as mais conhecidas estão “Praça Onze”, “Mundo de Zinco” e “Cadê Mimi?”. Foto: Reprodução do Youtube canal Persona -
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Em sua vida pessoal, Grande Otelo teve de lidar com episódios trágicos. Em 1941, casou-se com Lúcia Maria Pinheiro, que acabou matando seu filho de seis anos, enteado do ator, e se suicidando em seguida. Depois, uniu-se a Olga Vasconcellos, com quem teve quatro filhos. Mais tarde, casou-se com a dançarina Joséphine Hélène. Foto: Reprodução do Flickr Arquivo Nacional do Brasil -
Nos últimos anos, Grande Otelo tem sido tema de homenagens. Uma das mais relevantes foi o documentário “Othelo, O Grande”, de Lucas H. Rossi, que narra a trajetória do artista, venceu a categoria Melhor Documentário do Festival do Rio em 2023. Foto: Divulgação