A psicóloga Andressa Leal compartilha um pensamento que considera essencial para o crescimento pessoal e profissional: a consciência de que, mesmo com conhecimento e experiência, ainda há muito a aprender. Para ela, manter-se em posição de aprendiz é uma forma de evitar a armadilha da autossuficiência intelectual, que pode limitar o desenvolvimento.
Segundo Andressa, o avanço no conhecimento sobre qualquer assunto também aumenta a percepção do desconhecido. Isso significa que, a cada nova resposta encontrada, surgem novas perguntas. Reconhecer essa realidade, para ela, é um ato de humildade e um estímulo constante para buscar mais aprendizado.
Por que reconhecer a própria limitação é tão importante?
A falsa sensação de domínio total sobre um tema pode levar à estagnação. Quando acreditamos já saber o suficiente, diminuímos a curiosidade e fechamos espaço para novas descobertas. Andressa alerta que essa postura não apenas limita o desenvolvimento intelectual, mas também afeta a forma como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas.
Ao contrário, reconhecer que sempre há mais a aprender abre portas para um processo contínuo de evolução. Essa mentalidade não significa insegurança sobre o que já se sabe, mas sim consciência de que o conhecimento é infinito e está em constante transformação.
Como cultivar a mentalidade de aprendiz no dia a dia?
Andressa sugere atitudes simples, mas poderosas: manter a curiosidade, questionar o que já se sabe, buscar diferentes fontes de informação e estar disposto a ouvir opiniões diversas. Ler livros, participar de discussões e manter-se próximo de pessoas que desafiem o pensamento também são estratégias eficazes.

Ela menciona que, em sua trajetória, obras como O Ego é Seu Inimigo reforçaram essa percepção. Mais do que um aprendizado técnico, trata-se de um exercício de humildade intelectual — reconhecer a própria pequenez diante do vasto universo de conhecimentos.
O papel do ego no bloqueio do aprendizado
O ego, quando inflado, pode criar uma barreira invisível que impede novas aprendizagens. Isso ocorre porque, ao acreditar que já se sabe o suficiente, perde-se a motivação para buscar mais. Andressa lembra que libertar-se dessa arrogância é um processo diário e que exige autorreflexão.
Para ela, admitir que não sabemos tanto quanto gostaríamos é um convite para aprofundar a curiosidade, expandir perspectivas e manter o aprendizado como um hábito para toda a vida.
Fontes oficiais consultadas:
- Conselho Federal de Psicologia (CFP): https://site.cfp.org.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – seção saúde mental: https://www.who.int




