Autoestima não é apenas se olhar no espelho e gostar do que vê. Mais do que beleza ou conquistas externas, o amor-próprio é sustentado por quatro pilares internos que influenciam diretamente como você se sente, se trata e se comporta no mundo. Mesmo pessoas admiradas por sua aparência ou sucesso podem ter baixa autoestima se um desses pilares estiver fragilizado.
O primeiro pilar é o autoconceito: a percepção que você tem de si. Não importa quantas pessoas elogiem, se você acredita ser incapaz, insuficiente ou “menos que os outros”, sua autoestima sofrerá. Questionar essas crenças limitantes é essencial. Muitas vezes, qualidades valiosas passam despercebidas por conta de narrativas internas distorcidas.
Já o segundo pilar é a autoimagem. Aqui, entra o olhar para o próprio corpo e aparência. Mesmo pessoas consideradas bonitas podem se sentir desconfortáveis com a própria imagem. Para equilibrar esse pilar, é importante reduzir comparações, valorizar rituais de autocuidado e encontrar formas saudáveis de se reconectar com a própria imagem.
O terceiro pilar é a autoeficácia, ou seja, a crença de que você é capaz. Cumprir metas, reconhecer suas habilidades e buscar evolução pessoal fortalece esse aspecto. É comum focarmos demais na aparência e esquecermos de cultivar competência, autoconfiança e crescimento. Sentir-se bom em algo reforça a autoestima de forma concreta.
Por fim, o quarto pilar é o autorreforço. Reconhecer suas conquistas, se parabenizar por esforços e permitir-se descansar são formas de gentileza consigo mesmo. Muita gente se critica em excesso e esquece de se valorizar. Pequenos gestos de reconhecimento pessoal ajudam a reconstruir uma relação mais positiva consigo.
Como as redes sociais afetam sua autoestima?
A comparação constante com padrões irreais e vidas aparentemente perfeitas nas redes sociais pode minar silenciosamente a autoestima. Muitas vezes, o conteúdo que consumimos reforça ideias de inadequação ou fracasso. Reduzir o tempo de tela, seguir perfis que inspiram de forma positiva e lembrar que o que é mostrado nem sempre reflete a realidade pode ajudar a preservar o bem-estar emocional.

É fundamental desenvolver uma relação mais crítica com o que se vê online. Filtrar o que se consome, praticar o desapego de curtidas e validações externas e focar em experiências reais são atitudes que fortalecem o amor-próprio e ajudam a manter os quatro pilares da autoestima mais sólidos.
Como fortalecer esses pilares no dia a dia?
Pequenas atitudes diárias podem fazer grande diferença na construção da autoestima. Comece por observar como você fala consigo mesmo: troque a autocrítica por frases de incentivo. Estabeleça metas alcançáveis, celebre suas vitórias e, acima de tudo, pratique o autoconhecimento. Quanto mais você se entende, mais fácil fica identificar suas forças e trabalhar suas vulnerabilidades.
Buscar apoio psicológico também é uma ferramenta poderosa nesse processo. A terapia ajuda a explorar a origem de crenças limitantes, desenvolver estratégias para lidar com inseguranças e construir uma autoimagem mais realista e positiva. Trabalhar a autoestima é um investimento contínuo que se reflete em todas as áreas da vida.
Fontes recomendadas para aprofundar:
- Conselho Federal de Psicologia: https://site.cfp.org.br
- Biblioteca Virtual em Saúde: https://bvsalud.org
- Manual MSD de Saúde Mental: https://www.msdmanuals.com/pt-br