O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil. Em 2024, foram registradas 85.427 mortes pela condição, de acordo com dados dos registros de atestados de óbitos. O AVC pode afetar tanto pessoas saudáveis quanto crianças, mas muitos casos estão relacionados a fatores de risco que podem ser modificados, como hipertensão, tabagismo, diabetes, sedentarismo, colesterol alto, consumo de álcool e uso de drogas ilícitas.
Um dos fatores mais importantes na prevenção do AVC é o controle da pressão arterial. A hipertensão é frequentemente negligenciada, mas responde bem ao tratamento médico. Outras condições que requerem atenção incluem a fibrilação atrial, uma arritmia que pode levar à formação de coágulos e obstrução dos vasos cerebrais, aumentando o risco de AVC isquêmico.
Por que é essencial identificar rapidamente os sinais de um AVC?

O reconhecimento rápido dos sinais de um AVC é crucial para minimizar suas sequelas. Sinais clássicos incluem sorriso torto, fraqueza súbita em um braço ou perna, e dificuldade para falar ou entender palavras. A frase “tempo é cérebro” resume a importância de buscar atendimento médico imediato, pois cada minuto de atraso representa a perda de milhões de neurônios. A intervenção rápida aumenta as chances de sucesso de terapias que podem dissolver coágulos e reduzir os danos cerebrais.
Quais são os avanços no tratamento do AVC?
Os tratamentos para AVC evoluíram significativamente, especialmente com o uso de trombólise e trombectomia, que são mais eficazes quando realizados dentro de uma janela de tempo específica. Além disso, a reabilitação pós-AVC, que pode incluir fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, é crucial para a recuperação. O cérebro tem uma capacidade de adaptação impressionante, principalmente nos primeiros meses após o evento, e a reabilitação pode ajudar na recuperação da autonomia e funções afetadas.
Como evitar um AVC e suas recorrências?
Prevenir o AVC requer controle rigoroso dos fatores de risco. Pacientes que mantêm tratamento para hipertensão, controlam o diabetes e evitam o tabagismo têm menor probabilidade de sofrer um novo AVC. Além de cuidados individuais, é crucial a existência de políticas públicas voltadas para o controle da pressão arterial, identificação e tratamento de arritmias, e promoção da atividade física. O acesso ampliado a centros de referência para tratamento de AVC pode fazer uma diferença significativa nos resultados dos pacientes.
No contexto brasileiro, apesar de existirem centros de excelência no tratamento do AVC, a desigualdade no acesso aos serviços de saúde ainda é uma barreira. Muitos pacientes chegam aos hospitais tarde demais, quando as opções de tratamento são limitadas. Portanto, investir em campanhas de conscientização pública, além de melhorar o acesso a tratamentos de emergência, é essencial para reduzir a carga do AVC no país.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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