O anúncio de que o governo dos Estados Unidos retomará, a partir de janeiro de 2025, as retenções diretas em salários de devedores de empréstimos estudantis federais em inadimplência reacende a preocupação de milhões de trabalhadores. Depois do alívio emergencial na pandemia, brasileiros que estudam ou trabalharam nos EUA voltam a ter de avaliar, com urgência, como o status migratório, a fonte de renda e o país onde estarão vivendo em 2026 podem afetar diretamente seu bolso e seus planos internacionais.
Quem será afetado pelas retenções salariais em 2025
A medida atinge quem possui empréstimos estudantis federais em default, ou seja, em atraso prolongado após meses sem pagamento e esgotamento das tentativas tradicionais de cobrança. Esse status não surge no primeiro atraso, mas depois de descumprimento contínuo das condições do contrato.
As primeiras notificações de embargo salarial começam na segunda semana de janeiro de 2025 para um grupo menor de devedores, com expansão gradual. Para brasileiros que permanecem nos EUA em 2026, o risco é maior se trabalham legalmente para empregadores americanos, enquanto quem retorna ao Brasil tem menos chance de penhora direta, mas segue sujeito a juros, negativação e obstáculos para voltar ao país.
Como funciona a retenção de salário por empréstimo estudantil federal
A retenção de salário por empréstimo estudantil federal segue parâmetros de lei: em regra, o governo pode reter até 15% do salário líquido, respeitando uma renda mínima protegida por semana. O cálculo considera o teto percentual e um piso de remuneração básica para preservar meios de subsistência.
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O procedimento ocorre via administrative wage garnishment (penhora salarial administrativa), sem necessidade de decisão judicial em muitos casos: o governo emite a ordem, comunica o empregador e os descontos começam na folha. Para brasileiros com visto válido ou green card, as mesmas regras se aplicam, e os primeiros avisos formais para grupos em atraso severo estão previstos para 7 de janeiro de 2026, com possibilidade de desconto automático logo depois se não houver acordo.
Quais critérios e proteções existem na retenção salarial
Para entender o impacto no orçamento, é essencial conhecer as regras de cálculo e as salvaguardas previstas em lei, que limitam o desconto e protegem parte da renda mínima. Esses critérios ajudam o devedor a planejar melhor o fluxo de caixa e avaliar alternativas antes de a penhora começar.
- Percentual máximo: até 15% do salário líquido, após impostos obrigatórios.
- Proteção de renda: preservação de um valor mínimo semanal básico definido em norma federal.
- Desconto automático: realizado diretamente na folha de pagamento do empregador.
- Duração: permanece até reabilitação, acordo, quitação ou mudança de status da dívida.
Como tentar evitar ou encerrar o desconto no salário
Para impedir ou encerrar a retenção salarial, é crucial agir rápido ao receber cartas, e-mails ou avisos oficiais, pois a falta de resposta acelera o wage garnishment. Contatar o Default Resolution Group permite entender o status do empréstimo, opções de pagamento e documentos necessários, inclusive para quem já retornou ao Brasil.
A reabilitação do empréstimo e os planos de pagamento baseados na renda são as principais vias para sair do default ou reduzir o valor mensal. Brasileiros podem apresentar comprovação de renda no Brasil ou nos EUA para negociar parcelas compatíveis e, assim, melhorar o crédito, evitar novas medidas agressivas e manter aberta a possibilidade de estudar, trabalhar ou residir novamente em território americano.
Como se preparar e reduzir o impacto das retenções salariais
Com a volta das retenções em 2025, quem tem empréstimos estudantis em atraso precisa de planejamento financeiro imediato, considerando inflação, moradia cara e dívidas longas. Entre brasileiros no exterior, bolsistas de programas como CAPES e CNPq relatam maior insegurança, cortes de verbas em universidades americanas e pressão adicional sobre quem já carrega dívidas estudantis.
Para quem retorna ao Brasil, a penhora direta sobre salários recebidos aqui esbarra em barreiras técnicas e jurídicas, mas a dívida continua correndo, com juros e impacto no Social Security e no histórico de crédito. Não espere a ordem chegar ao seu empregador: revise hoje sua situação, atualize seus dados, negocie reabilitação ou plano baseado na renda e tome uma decisão agora. Cada mês de inação pode custar parte do seu salário futuro, limitar sua carreira internacional e fechar portas nos EUA, então aja imediatamente para proteger sua renda e o seu projeto de vida.