Um médico que atua em um dos hospitais mais caros de São Paulo afirma ter acumulado um prejuízo milionário no mercado financeiro após investimentos feitos na Bolsa em 2020. O caso levou o profissional a estudar uma possível ação judicial coletiva contra orientações recebidas.
O que levou o médico a registrar o prejuízo milionário?
Segundo o relato, o médico confiou parte relevante do seu patrimônio a um corretor ligado ao Banco Safra, seguindo recomendações que prometiam retornos compatíveis com seu perfil de investidor e objetivos financeiros de médio e longo prazo.
Com a execução das operações, o capital investido passou por forte desvalorização ao longo de meses. As perdas acumuladas se aproximaram de R$ 1 milhão, afetando diretamente o planejamento pessoal e financeiro do profissional.

Como os investimentos resultaram em perdas tão elevadas?
As operações realizadas estavam expostas a alto risco e ocorreram em um período de intensa volatilidade do mercado. De acordo com o investidor, as estratégias adotadas não refletiam o nível de risco que ele acreditava estar assumindo, conforme os pontos a seguir.
- Gestão terceirizada: decisões concentradas nas recomendações do corretor.
- Alta volatilidade: oscilações severas na Bolsa de Valores ao longo de 2020.
- Desalinhamento de perfil: produtos incompatíveis com a tolerância ao risco informada.
Outros investidores enfrentaram situações semelhantes?
O médico afirma ter identificado outros profissionais liberais, especialmente da área da saúde, que relataram prejuízos financeiros semelhantes após seguirem orientações parecidas no mesmo período do mercado.
A convergência desses relatos levantou a suspeita de que o problema não foi isolado. A repetição do padrão fortaleceu a avaliação de possíveis falhas sistemáticas na prestação de serviços de investimento.

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Por que uma ação judicial coletiva está sendo analisada?
Advogados especializados passaram a examinar contratos, extratos e históricos de operações. O objetivo é identificar eventuais violações de deveres fiduciários, falta de transparência ou inadequação dos produtos financeiros, como mostram os pontos abaixo.
- Ação coletiva: permite reunir investidores com perdas semelhantes.
- Redução de custos: divisão de despesas processuais entre os participantes.
- Força probatória: centralização de documentos e relatos aumenta a robustez do caso.
Qual o impacto do contexto de 2020 e da conduta do corretor?
O ano de 2020 foi marcado por extrema instabilidade devido à pandemia, com quedas históricas e oscilações abruptas. Ainda assim, especialistas reforçam que o dever de informar riscos permanece essencial, mesmo em cenários adversos.
O corretor envolvido foi posteriormente demitido, fato que passou a ser analisado pelos investidores. Embora não represente reconhecimento automático de culpa, a situação reforça o debate sobre responsabilidade e supervisão no mercado financeiro.




