Receber uma multa por excesso de velocidade é algo muito comum no trânsito brasileiro, mas nem sempre o motorista entende com clareza por que foi autuado, quais são seus direitos ou em quais situações é possível contestar a penalidade de forma legal e estratégica, especialmente porque infrações cometidas entre 2025 e 2026 podem se somar em um período de 12 meses e facilitar a suspensão do direito de dirigir.
Como funciona a multa por excesso de velocidade no Brasil
A multa por excesso de velocidade é aplicada quando o condutor ultrapassa o limite estabelecido para a via, já considerando a margem de erro do equipamento de medição. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) classifica a conduta em faixas de gravidade, de acordo com o percentual excedido em relação ao limite permitido.
Essa classificação influencia diretamente o valor da multa, a quantidade de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e até a possibilidade de suspensão do direito de dirigir. Mais do que olhar apenas o valor a pagar, é essencial saber em qual faixa de excesso o motorista foi enquadrado e em que data a infração ocorreu.

Como é calculado o limite da multa por excesso de velocidade
Para entender se a penalidade aplicada está correta, é fundamental saber como se calcula o percentual de excesso de velocidade. O limite da via é sempre a base: a partir dele, verifica-se quanto foi ultrapassado, considerando a velocidade medida pelo radar e a indicada na sinalização.
Em uma via com limite de 80 km/h, por exemplo, um excesso de 20% representa 16 km/h, chegando a 96 km/h. Até esse valor, a infração é considerada média; entre 20% e 50% acima do limite, torna-se grave; e, acima de 50%, gravíssima, com maior impacto financeiro, na pontuação e na análise do histórico de 12 meses.
Quais são os principais níveis de infração de velocidade
O CTB organiza a multa por velocidade em níveis de gravidade, de acordo com o percentual de excesso sobre o limite da via. Entender essa divisão ajuda o motorista a avaliar o impacto real da autuação e o risco de suspensão do direito de dirigir entre 2025 e 2026.
- Até 20% do limite – infração média, com 4 pontos na CNH.
- Entre 20% e 50% – infração grave, com 5 pontos registrados.
- Acima de 50% do limite – infração gravíssima, com 7 pontos e possibilidade de suspensão autossuspensiva.
No caso de excesso acima de 50%, além dos 7 pontos, a infração por si só já pode gerar processo de suspensão do direito de dirigir. Em caso de reincidência dentro de 12 meses, o prazo de suspensão pode subir de 2 a 8 meses para 8 a 18 meses, tornando a penalidade muito mais severa.

Como os pontos e limites de 12 meses afetam a CNH
Os pontos por excesso de velocidade não ficam isolados no tempo, pois o órgão de trânsito analisa sempre um período de 12 meses. Multas recebidas no fim de 2025 e ao longo de 2026 podem se somar e reduzir o limite de tolerância para suspensão da CNH.
Os limites de pontos atualmente observados levam em conta a existência de infrações gravíssimas nesse período de 12 meses: 40 pontos se não houver nenhuma gravíssima, 30 pontos com uma gravíssima e 20 pontos com duas ou mais gravíssimas. Uma multa gravíssima por excesso acima de 50% em 2025, portanto, já deixa o motorista muito mais perto da suspensão em 2026.
Por que recorrer às multas agora protege a CNH entre 2025 e 2026
Entender as regras de velocidade, conferir a regularidade dos radares e usar todas as etapas de defesa administrativa é essencial para evitar erros de medição, punir injustiças e controlar o acúmulo de pontos. Entre 2025 e 2026, cada autuação conta, porque infrações próximas no tempo podem reduzir o limite de pontos e antecipar a suspensão da CNH.
Se você recebeu uma notificação de multa ou está perto de comprometer seu prontuário, não espere a penalidade se tornar definitiva: revise imediatamente os dados, reúna provas, acesse o aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT) e inicie seu recurso agora, pois cada dia de atraso diminui suas chances de manter seu direito de dirigir ativo e proteger sua liberdade no trânsito.




