Depois dos 45 anos, o corpo perde parte da capacidade de compensar noites curtas. Dormir menos de seis horas com frequência deixa de ser apenas cansaço e se torna um risco silencioso. Dormir menos de 6 horas impacta diretamente o coração e o metabolismo.
Por que dormir pouco se torna mais perigoso após os 45?
Com o avanço da idade, o organismo entra em menor capacidade de recuperação noturna. A privação crônica de sono mantém o corpo em estado constante de alerta, elevando pressão arterial, frequência cardíaca e hormônios do estresse, o que sobrecarrega o sistema cardiovascular.
A neurologista Dra. Andrea Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono, explica que dormir menos de seis horas prejudica o mecanismo natural de recuperação do coração, aumentando o risco de hipertensão, infarto, AVC e desregulação metabólica ao longo dos anos.

Quais problemas cardíacos e metabólicos o sono insuficiente favorece?
O sono curto interfere em processos essenciais do organismo e cria um efeito cumulativo de risco. Noites mal dormidas reduzem a queda natural da pressão durante o repouso e aumentam inflamação sistêmica. Entre os principais impactos observados estão os seguintes.
- Hipertensão persistente: ausência do descanso adequado impede a redução noturna da pressão arterial
- Arritmias cardíacas: o sistema elétrico do coração fica mais instável com o estresse contínuo
- Diabetes e dislipidemias: alterações metabólicas favorecem glicose alta e colesterol desequilibrado
Leia mais: Pés rachados e doloridos? Veja o que fazer antes de dormir para regenerar a pele
Como a falta de sono afeta o peso e a glicose?
O cardiologista Dr. Luciano Drager, também da Associação Brasileira do Sono, associa o sono insuficiente à piora do controle glicêmico. A redução do descanso aumenta a resistência à insulina e facilita o ganho de peso, elevando o risco cardiovascular.
A desregulação metabólica causada por noites curtas altera hormônios da fome e da saciedade, estimulando maior consumo de alimentos calóricos. Esse ciclo contribui para obesidade, diabetes tipo 2 e maior sobrecarga do coração após os 45 anos.
Separamos um vídeo do canal do TikTok rafaelgrattap onde é demonstrado as causas das alterações nas emoções e comportamento em pessoas que dormem menos de 6 horas por dia:
@rafaelgrattap Manda para aquela pessoa que dorme pouco e fala que não precisa dormir mais de 6 horas. Mais Foco Menos Ansiedade 🙏🏽❤️ #sono #saúdemental #ansiedade #insônia #neurociência ♬ som original – Rafael Gratta
Quais hábitos ajudam a proteger o coração por meio do sono?
Especialistas reforçam que melhorar o sono é uma estratégia preventiva acessível e eficaz. Pequenas mudanças de rotina ajudam o organismo a recuperar seu ritmo natural e reduzem riscos a médio e longo prazo. Entre as principais orientações práticas estão as seguintes.
- Horários regulares: dormir e acordar sempre no mesmo horário fortalece o ritmo biológico
- Evitar telas e cafeína à noite: reduz estímulos que atrasam o início do sono profundo
- Buscar avaliação médica: ronco intenso e pausas respiratórias exigem investigação especializada
Após os 45 anos, dormir bem é uma estratégia direta de proteção do coração e do metabolismo. Priorizar o sono não é perda de tempo, mas um investimento diário em saúde, energia e longevidade.




