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Proprietário não pode cobrar multa por rescisão se o imóvel apresentar defeitos graves: entenda o que diz a lei mineira

André Rangel  Por André Rangel 
14/12/2025
Em Economia, Notícias
O registro simples que muda todo o jogo na rescisão sem culpa

O registro simples que muda todo o jogo na rescisão sem culpa

O primeiro contrato de locação de Mariana Alves, 29 anos, parecia o passo inicial para uma vida independente em Belo Horizonte, mas, poucos meses depois, o sonho de morar perto do trabalho e com boa mobilidade urbana foi substituído por infiltrações, mofo, riscos elétricos e uma disputa sobre o pagamento de multa por rescisão antecipada.

O que aconteceu com o imóvel alugado por Mariana

O imóvel, alugado como residencial por 30 meses, parecia em boas condições após uma reforma recente e pintura nova. Com o passar das semanas, porém, surgiram manchas de umidade, cheiro de mofo e trincas nas paredes, tornando o dia a dia de Mariana cada vez mais difícil.

Durante um período de chuvas intensas, a situação se agravou com infiltrações no teto e na parede divisória com o vizinho, falhas em tomadas e um curto-circuito ao ligar um eletrodoméstico. Trabalhando em regime híbrido, ela passou a enfrentar risco elétrico e ambiente insalubre, com um dos quartos praticamente inutilizável.

Casos de vício oculto no aluguel viram alerta entre inquilinos

Quais foram as tentativas de solução antes da rescisão

Mariana começou registrando fotos e vídeos das infiltrações, do estufamento do piso laminado, das trincas e das tomadas chamuscadas. Em seguida, comunicou várias vezes o proprietário e a imobiliária por mensagens, e-mails e ligações, pedindo reparos urgentes e explicando que os defeitos eram anteriores à locação.

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Sem solução efetiva, ela formalizou uma notificação escrita à imobiliária e ao proprietário, anexando as provas e fixando prazo razoável para conserto. Foi orientada a registrar reclamação no Procon-MG, demonstrando que desejava manter o contrato se o imóvel fosse realmente colocado em condições seguras de uso.

Quando o proprietário pode cobrar multa em caso de defeitos graves

A Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991) obriga o locador a entregar o imóvel apto ao uso e a responder por vícios anteriores à locação. Quando o imóvel se torna impróprio ou inseguro para uso sem culpa do inquilino, a rescisão antecipada costuma ser atribuída ao proprietário, afastando a multa contratual.

O Código Civil reforça esse cenário ao prever que, se o bem locado se deteriorar a ponto de não servir ao fim proposto, o locatário pode pedir redução do aluguel ou resolução do contrato, sem penalidade. Em Minas Gerais, decisões do TJMG vêm reconhecendo que, diante de vícios graves não sanados, a multa por rescisão é indevida e, em alguns casos, surge o dever de indenizar danos materiais e até morais.

Como Procon-MG, TJMG e CDC interferem na proteção do inquilino

Na história de Mariana, o Procon-MG registrou a queixa, analisou os documentos e orientou sobre direitos previstos na Lei do Inquilinato, no Código Civil e, quando há intermediação de imobiliária, também no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nessa hipótese, a relação pode ser considerada de consumo, ampliando as garantias do inquilino.

Em situações como a de Mariana, alguns elementos são decisivos para demonstrar falha do imóvel e afastar cobranças abusivas, inclusive a tentativa de impor multa rescisória:

1

Reunir provas

Tire fotos e vídeos dos defeitos, guarde laudos e registros de curto-circuitos — tudo para documentar o problema.

2

Comunicar formalmente

Envie notificações por escrito ao proprietário e à imobiliária com protocolo ou comprovante; mantenha cópias.

3

Conceder prazo para reparo

Estabeleça um prazo razoável para conserto e registre a falta de solução adequada caso não ocorra.

4

Avaliar impacto

Descreva como o vício afeta segurança, saúde e uso normal do imóvel — inclua efeitos no trabalho remoto.

5

Verificar indícios de vício oculto

Documente problemas não aparentes na entrega que indiquem vício oculto e potencial responsabilidade do locador.

6

Documentação final

Guarde todos os comprovantes, mensagens e orçamentos — úteis caso seja necessário acionar meios administrativos ou judiciais.

Quais lições a história de Mariana deixa e por que você deve agir rápido

A experiência de Mariana mostra que conhecimento jurídico aliado à boa documentação faz diferença em conflitos de locação. Vistoria detalhada, registros de tudo e notificações por escrito ajudam a provar que o problema decorre de falha do imóvel, não de simples vontade do inquilino em sair, abrindo caminho para afastar multa e buscar eventual indenização.

Se você está vivendo algo semelhante, não espere o problema se agravar: registre imediatamente os defeitos, notifique o locador por escrito, busque o Procon-MG, a Defensoria Pública ou um advogado de confiança e defenda seus direitos hoje, antes que cobranças injustas e riscos à sua saúde e segurança se tornem ainda maiores.

Tags: aluguelinfiltraçãomultavício

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