Os desafios no setor de energia elétrica no Brasil ganharam destaque em outubro de 2025, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a continuidade da bandeira tarifária vermelha no patamar 1, o que levou a um reajuste de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e reacendeu o debate sobre sustentabilidade e alternativas renováveis frente à crise dos reservatórios.
Por que manter bandeira vermelha em 2025?
A permanência na bandeira vermelha, mesmo em um patamar inferior ao de meses anteriores, se deve principalmente ao baixo volume de chuvas nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Isso limita a principal fonte de energia do país, forçando o acionamento de usinas termelétricas e elevando os custos totais de geração.

A decisão busca assegurar o fornecimento de energia elétrica de forma contínua para todos os consumidores, priorizando a estabilidade do sistema nacional. Essa estratégia, embora onere a conta de luz da população, evita cenários de racionamento e apagões, comuns em períodos de crise hídrica mais severa.
Como funciona o sistema de bandeiras?
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado em 2015 pela Aneel para repassar de forma transparente ao consumidor as variações nos custos de geração de energia elétrica. O mecanismo utiliza as cores verde, amarela e vermelha para indicar diferentes condições de custos no setor elétrico a cada mês.
Quando o nível de reservas hidrelétricas é suficiente, a bandeira verde é aplicada e não há cobrança extra aos consumidores. Em momentos críticos, como atualmente, as bandeiras amarela ou vermelha destacam a necessidade de acionar usinas mais caras e menos sustentáveis.
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Por que termoelétricas elevam custos?
O acionamento de usinas termelétricas é um recurso utilizado em situações de baixa disponibilidade hídrica, mas representa custos mais elevados na geração de energia. Isso ocorre devido ao uso de combustíveis como gás natural, carvão ou óleo, e pelo alto custo de operação e manutenção dessas instalações.
Além disso, as termelétricas contribuem para mais emissões de gases poluentes e impactos ambientais. A necessidade de recorrer a essas fontes eleva consideravelmente o valor final pago pelos consumidores e agrava questões ambientais persistentes. O aumento da dependência de termelétricas também dificulta o cumprimento das metas climáticas do Brasil.

Que alternativas ajudam na crise hídrica?
Para lidar com crises energéticas, o Brasil tem investido em fontes renováveis como a energia solar, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A diversificação da matriz energética é fundamental para diminuir a dependência das hidrelétricas e das fontes fósseis.
É importante conhecer algumas alternativas e estratégias que contribuem para essa diversificação:
- Expansão da geração de energia solar em todo o território nacional
- Aumento do número de parques eólicos, especialmente no Nordeste
- Adoção de sistemas de armazenamento de energia para reduzir a intermitência
- Incentivo à pesquisa em novas tecnologias limpas e menos custosas
- Integração crescente com mercados regionais de energia na América do Sul
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Como reduzir sua conta de luz?
Medidas simples de eficiência energética podem ter um grande impacto no orçamento das famílias e empresas durante períodos de bandeira tarifária vermelha. O uso consciente de aparelhos, a troca por lâmpadas LED e o investimento em tecnologias sustentáveis ajudam na economia e reduzem a pressão sobre o sistema elétrico.
Além disso, quem pode instalar painéis solares para autoconsumo tem a chance de reduzir significativamente os gastos a longo prazo, contribuindo para uma matriz energética mais limpa e menos vulnerável a crises hídricas. Procure ainda informações sobre iniciativas de cooperativas de energia solar e programas de descontos promovidos por algumas distribuidoras.




