Um hospital privado em Minas Gerais foi condenado a indenizar um paciente após a amputação da perna direita, decorrente de diagnóstico inadequado de lesão vascular. A 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a decisão da Comarca de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, fixando indenização de R$ 15 mil por danos morais e R$ 10 mil por danos estéticos.
Resumo do acidente e condução hospitalar
O acidente ocorreu em fevereiro de 2009, causando uma fratura grave na tíbia direita da vítima. O paciente recebeu os primeiros socorros em Carbonita e foi transferido para um hospital em Diamantina.
Após demora no diagnóstico, houve necessidade de amputação, o que resultou em ação judicial. Veja os fatos acontecimentos neste caso:
- O paciente sofreu fratura grave em fevereiro de 2009.
- Recebeu primeiros socorros em Carbonita e foi transferido para um hospital em Diamantina.
- Demora no diagnóstico agravou a condição, levando à amputação.
Como a ausência de diagnóstico precoce resultou na amputação?
O paciente foi transferido para Belo Horizonte com suspeita de lesão arterial, passando por cirurgia de amputação. Ele alegou que a demora no atendimento em um hospital privado conveniado ao SUS agravou o quadro, levando à perda do membro.

Defesa do hospital e argumentação durante o julgamento
Em primeira instância, o hospital foi condenado por negligência. Na apelação, a defesa afirmou que todos os procedimentos médicos e hospitalares necessários foram realizados, incluindo internação, acompanhamento e preparação para cirurgia.
Tribunal de Justiça confirma responsabilidade do hospital após perícia médica
O juiz relator Christian Gomes Lima apontou as falhas no atendimento, destacando o aumento do risco de amputação do membro. Segundo a perícia, a avaliação tardia por cirurgia vascular contribuiu de modo decisivo para o dano.
Quais são as principais lições do caso para o atendimento médico?
A perícia evidenciou que o diagnóstico tardio da lesão vascular foi crucial para a amputação. O não seguimento das diretrizes do protocolo técnico elevou significativamente os riscos para o paciente.
Entre os principais aprendizados deste caso, destacam-se:
- A importância do diagnóstico precoce em lesões críticas.
- A responsabilidade de hospitais privados no atendimento pelo SUS.
- A necessidade de rigor no cumprimento dos protocolos médicos.




