O Climatério é uma fase natural e inevitável na vida de muitas mulheres, marcada por mudanças hormonais significativas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2030, cerca de um bilhão de mulheres em todo o mundo estarão passando por essa transição. Ainda que comum, o Climatério é frequentemente cercado por estigmas e mal-entendidos, principalmente por ser encarado como um sinal de envelhecimento.
A reposição hormonal tem sido amplamente discutida como uma solução para mitigar os desconfortos associados à menopausa. Segundo especialistas, a terapia hormonal pode proporcionar melhorias significativas na qualidade de vida. Essa intervenção tem sido descrita como uma maneira eficaz de devolver à mulher o interesse pela vida, minimizando sintomas como ondas de calor, alterações de humor e outros efeitos colaterais do declínio hormonal.
O que é a reposição hormonal na menopausa?
A reposição hormonal tem como objetivo restaurar os níveis de hormônios sexuais, como estrogênio, progesterona e testosterona, que diminuem naturalmente durante a menopausa. Esta prática é considerada essencial para amenizar os sintomas e prevenir complicações que surgem devido à deficiência hormonal. Os métodos de administração variam, incluindo estrogênio oral ou transdérmico e progesterona oral ou vaginal, sendo a escolha influenciada pela história clínica e sintomas apresentados por cada paciente.

Quais são os sintomas menos conhecidos da menopausa?
A fase do Climatério, que se estende geralmente entre os 40 e 65 anos, é notoriamente conhecida pelas ondas de calor e secura vaginal. No entanto, há sintomas menos divulgados que também podem indicar o início dessa transição. Problemas como olho seco, dificuldades de memória, infecções urinárias, distensão abdominal e ganho de peso são relatados por algumas mulheres, embora muitas vezes passem despercebidos.
A baixa procura pela reposição hormonal é um problema?
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Climatério (Sobrac) revelou que apenas 22,3% das mulheres, entre 45 e 65 anos, entrevistadas receberam e seguiram recomendações médicas para iniciar a reposição hormonal. Esse dado ressalta a baixa adesão a essa terapia, frequentemente causada por desinformação acerca dos benefícios e riscos reais do tratamento. O medo de efeitos colaterais, como ganho de peso e o risco de câncer, ainda prevalece, apesar de evidências científicas apontarem que os riscos são comparáveis aos de não optar pela terapia.
Quais os impactos positivos da reposição hormonal?
Os especialistas defendem que, além de aliviar manifestações como ondas de calor e dificuldades para dormir, a reposição hormonal na menopausa também desempenha um papel crucial na prevenção de complicações mais sérias, como osteoporose e doenças cardiovasculares. Esses benefícios destacam a importância de uma abordagem informada e personalizada ao considerar a terapia hormonal, assegurando que as mulheres possam viver esta etapa com mais saúde e bem-estar.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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