Com a recente promulgação de uma nova lei no Brasil, as normas para concessão de licença-maternidade e salário-maternidade passaram por mudanças significativas, especialmente em casos onde há internação prolongada da mãe ou do recém-nascido. A partir de agora, o início da licença deixa de ser a data do parto e passa a contar a partir da alta hospitalar da mãe e do bebê, quando a internação ultrapassar duas semanas. O objetivo é garantir um período seguro de convívio e cuidado com o recém-nascido após o retorno ao lar.
A legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determina que a licença e o salário-maternidade podem ser prorrogados por até 120 dias após a alta, promovendo maior proteção à família nos primeiros meses de vida da criança. Essa mudança, baseada em entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, reforça o vínculo familiar e o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê, prevenindo complicações resultantes do afastamento hospitalar.
Quais os impactos financeiros para as empresas?

Com a nova legislação, o custo inicial do salário-maternidade continua sendo de responsabilidade do empregador, que posteriormente pode deduzir o valor das contribuições ao INSS. Essa dinâmica de compensação visa amenizar o impacto financeiro imediato nas organizações, enquanto mantém a proteção às profissionais afastadas por conta da maternidade.
Especialistas em Direito Trabalhista destacam que a lei traz segurança e clareza jurídica para o setor privado, facilitando o planejamento empresarial e reduzindo eventuais disputas judiciais sobre o tema. A legislação também atua para conciliar o equilíbrio financeiro das empresas com a promoção de direitos sociais básicos.
Como a legislação beneficia as seguradas especiais?
Outra preocupação da nova lei é com as seguradas especiais, empregadas domésticas e outras trabalhadoras fora do regime CLT, que passam a ter garantido o recebimento do salário-maternidade diretamente pelo INSS. Dessa forma, mesmo sem vínculo formal de emprego, essas mães têm acesso ao benefício durante o período pós-parto.
Além disso, o acesso facilitado ao benefício contribui para a inclusão produtiva dessas mulheres, fortalecendo sua autonomia e proteção social. Tais mudanças visam promover justiça social, ampliando a segurança econômica das famílias em situações de vulnerabilidade.
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Quais serão os impactos em futuras decisões judiciais?
O novo arcabouço legal tende a influenciar significativamente as decisões dos tribunais sobre licença-maternidade, delimitando com objetividade os critérios para concessão e prorrogação do benefício. Dessa forma, juízes terão maior respaldo jurídico e menor margem para interpretações divergentes em casos envolvendo internação prolongada.
Além de consolidar práticas previamente adotadas, a legislação serve como referência para fortalecer a proteção aos direitos das famílias. Assim, a segurança jurídica é ampliada, garantindo que o tempo de recuperação da mãe e do bebê seja resguardado efetivamente por lei.




