Você já se viu lutando para lembrar de uma palavra conhecida que parece estar na ponta da língua? Isso é mais comum do que se imagina e tem uma explicação científica: letológica. Neste artigo, exploramos a complexidade desse fenômeno, suas causas e como ele afeta todas as idades e culturas, seja no Brasil, na Europa ou em diversos outros países.
- Entenda por que a letológica acontece.
- Descubra como nossa memória processa as palavras.
- Veja dicas para lidar com o esquecimento momentâneo.
O que é letológica?
A letológica é quando sabemos que conhecemos uma palavra, mas por algum motivo ela nos escapa. Frequentemente, sentimos que a palavra está próxima de ser lembrada, causando frustração. A palavra vem do grego lethe (esquecimento) e logos (palavra). O fenômeno foi amplamente estudado por pesquisadores como Sigmund Freud, que acreditava que certos bloqueios poderiam estar ligados a processos inconscientes. Um estudo publicado destaca que esse fenômeno é uma experiência universal, ocorrendo com pessoas de diferentes nacionalidades e faixas etárias.
Por que isso acontece?
Esse fenômeno reflete a complexidade do processamento neurológico. Segundo estudos, ele ocorre quando a memória léxica não consegue acessar completamente a palavra desejada, embora fragmentos como sílabas ou sons iniciais possam surgir. Pesquisadores de instituições renomadas, como a Associação Americana de Psicologia (APA), já conduziram experimentos para tentar entender mais a fundo esse processo, destacando que ele não se limita a nenhuma língua específica. A pesquisa da Scientific Reports (Nature) também afirma que tal experiência se manifesta justamente quando a memória verbal falha momentaneamente, reforçando a natureza transitória e comum do fenômeno.

Quem é mais afetado?
Especialistas apontam que esse bloqueio temporal é mais comum em nomes próprios e em pessoas acima de 60 anos. A falta de uso frequente de certas palavras pode enfraquecer as conexões necessárias para recuperá-las rapidamente. Nomes próprios, como Rio de Janeiro ou Maria Silva, costumam ser exemplos típicos de palavras que fogem à memória momentaneamente.
Quais são os fatores de risco?
O cansaço, o estresse e o envelhecimento são fatores associados a essa dificuldade temporária. Curiosamente, o impacto do estresse pode variar com a idade, afetando mais adultos mais velhos do que os de meia-idade. Eventos traumáticos, como a Pandemia de Covid-19 em 2020, intensificaram relatos de episódios letológicos segundo levantamento do site BBC Brasil.
Como superar a letológica?
Manter uma vida intelectual ativa pode melhorar o acesso ao vocabulário. Atividades como ler, escrever e conversar são fundamentais para fortalecer essas conexões. Continuar a conversa e buscar sinônimos até que a palavra retorne também é uma estratégia útil. Ferramentas digitais, como o aplicativo Duolingo, vêm sendo recomendadas por especialistas para estimular a memória linguística de maneira lúdica.
A letológica é preocupante?
A maioria dos episódios de “palavra na ponta da língua” não indica problemas de saúde. No entanto, se o esquecimento afetar palavras comuns e cotidianas, é aconselhável buscar uma avaliação médica, principalmente com profissionais em clínicas como o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.
Como fortalecer a memória linguística?
Em suma, embora falhas momentâneas sejam normais, estimulando constantemente nossa mente, podemos reduzir os episódios de letológica. A memória e o linguístico são dinâmicos, e é a prática ativa que sustenta suas funções saudáveis. O uso frequente de aparelhos digitais, como o Smartphone e o Notebook, pode ser vantajoso se utilizados em atividades que promovam leitura, escrita e comunicação.
- A letológica é um fenômeno comum e não deve ser motivo de alarme em situações típicas.
- Atividades intelectuais ajudam a manter as redes de memória fortes.
- Buscar alternativas de expressão pode minimizar o impacto do esquecimento momentâneo.
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