A psicóloga Andressa Leal, conhecida por seus conteúdos sobre comportamento humano, alerta para os impactos negativos do perfeccionismo. Em vez de ser um traço positivo, ele pode gerar bloqueios emocionais, procrastinação e insatisfação constante. Andressa destaca que a busca por estar “100% pronto” para começar algo é uma das principais razões pelas quais muitas pessoas não saem do lugar.
Segundo a especialista, o perfeccionismo está fortemente ligado ao medo de errar, o que faz com que novos desafios sejam evitados. Isso gera um ciclo de autocrítica e de baixa valorização dos próprios avanços. Ela explica que reconhecer as pequenas conquistas é fundamental para quebrar essa barreira emocional e progredir de forma saudável.
Quais os sinais de que o perfeccionismo está te prejudicando?
Entre os sinais apontados por Andressa estão: procrastinação, dificuldade em lidar com erros, insatisfação crônica e incapacidade de reconhecer resultados. De acordo com estudos da American Psychological Association, o perfeccionismo está associado a níveis elevados de ansiedade, estresse e até depressão. Isso porque a pessoa se sente constantemente pressionada a atingir padrões irreais.
Como o perfeccionismo afeta sua produtividade?
Ao acreditar que tudo precisa estar perfeito para começar, a pessoa deixa de agir, atrasando projetos e metas. Andressa explica que esse comportamento alimenta a procrastinação e a autossabotagem. Segundo Harvard Health Publishing, aceitar a ideia de progresso contínuo, em vez de perfeição, é uma forma mais eficaz de alcançar objetivos sem sobrecarga emocional.
O perfeccionismo pode impactar os relacionamentos?
Sim, e de maneira significativa. Pessoas perfeccionistas tendem a ser críticas não apenas consigo mesmas, mas também com os outros. Essa dificuldade de lidar com erros alheios pode gerar conflitos e frustrações em relações pessoais e profissionais. Andressa recomenda trabalhar a empatia e a autocompaixão como formas de reduzir essa rigidez.
Como começar a lidar com o perfeccionismo?
A psicóloga sugere pequenas mudanças diárias, como celebrar os avanços, por menores que pareçam, e lembrar que erros fazem parte do processo de aprendizado. Adotar uma mentalidade de crescimento, onde o importante é evoluir e não atingir um padrão inalcançável, é essencial para diminuir a ansiedade e aumentar a confiança.

O perfeccionismo tem algum lado positivo?
Segundo Andressa, o perfeccionismo pode até ser confundido com busca pela excelência, mas são coisas diferentes. A excelência é saudável porque motiva o crescimento, enquanto o perfeccionismo paralisa e gera sofrimento. Para transformar esse traço em algo positivo, é preciso aprender a diferenciar cuidado com detalhes de autocobrança excessiva.
Por que o perfeccionismo não é uma qualidade?
Como explica Andressa, o perfeccionismo impede o avanço e reduz a satisfação pessoal. Ao invés de ser um sinal de competência, ele é um peso emocional que limita a ação e o bem-estar. Trabalhar a aceitação e a flexibilidade é o primeiro passo para ter uma vida mais leve e produtiva.
Fontes Oficiais
- American Psychological Association – https://www.apa.org
- Harvard Health Publishing – https://www.health.harvard.edu
- Organização Mundial da Saúde – https://www.who.int/health-topics/mental-health




