Perder o sono é mais comum do que se imagina, e as consequências de passar 72 horas sem dormir podem ser alarmantes. Este estado extremo de privação do sono afeta diversas funções do organismo e pode ter efeitos prejudiciais à saúde. Casos como o experimento realizado por Randy Gardner em 1964, quando o jovem ficou acordado por 11 dias em San Diego, Estados Unidos, ganharam notoriedade por demonstrarem publicamente os riscos dessa prática.
- Declínio cognitivo e dificuldades de concentração
- Alterações no humor e irritabilidade
- Comprometimento do sistema imunológico
Quais são os impactos cognitivos da privação de sono?
Quando uma pessoa permanece 72 horas sem dormir, uma das áreas mais afetadas é a função cognitiva. Esse período sem descanso adequado provoca um declínio cognitivo significativo, resultando em dificuldades de concentração, raciocínio lento e memória debilitada. Essas alterações ocorrem porque o cérebro não tem a oportunidade de realizar processos de reparação e organização das informações, resultando em uma queda na eficiência mental. Estudos conduzidos por institutos de saúde nos Estados Unidos reforçam que, após 72 horas sem sono, podem ocorrer episódios de micro-sono e até alucinações temporárias.
Como a privação de sono influência o humor?
Outra consequência comum de passar tanto tempo sem dormir é a irritabilidade. Durante esse período, o equilíbrio emocional fica prejudicado, levando a mudanças bruscas de humor e dificuldades em lidar com situações estressantes. Isso se deve ao fato de que o sono desempenha um papel crucial na regulação das respostas emocionais. Pesquisas realizadas pela Universidade de São Paulo mostram que há um aumento significativo nos sintomas de ansiedade e tristeza após períodos prolongados sem dormir.

O que acontece com o sistema imunológico?
Além dos efeitos sobre o humor e as funções cognitivas, a privação de sono prolongada enfraquece o sistema imunológico. Com 72 horas sem dormir, o corpo se torna menos eficiente na produção de células de defesa, aumentando a vulnerabilidade a infecções. O sono é essencial para o fortalecimento das defesas naturais do corpo, sendo, portanto, vital para a manutenção da saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a privação do sono está associada ao aumento do risco de doenças infecciosas, gripes e até do desenvolvimento de condições autoimunes.
Quais são as respostas fisiológicas à falta de sono?
Durante as 72 horas sem dormir, ocorrem também mudanças no metabolismo e aumento de hormônios relacionados ao estresse, como o cortisol. Esses fatores podem provocar aceleração dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial, originando possíveis riscos à saúde cardiovascular. O estresse fisiológico contínuo pode, ainda, prejudicar funções corporais a longo prazo. Pesquisas divulgadas pela National Institutes of Health (NIH) apontam para uma possível ligação entre privação extrema de sono e distúrbios metabólicos, como diabetes tipo 2.
A importância do sono para o bem-estar geral
Entende-se que dormir é um mecanismo vital para a saúde física e mental. A privação de sono por períodos prolongados, como 72 horas, é prejudicial em diversas frentes. Para manter o bem-estar geral e prevenir complicações, é essencial priorizar o descanso e adotar hábitos que garantam noites de sono reparador.
- Destaque para o papel do sono na função cognitiva e no humor
- Importância de um sistema imunológico fortalecido através do descanso
- Estresse fisiológico causado pela privação do sono
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