O hábito de manter o celular ao lado da cama tornou-se comum nos últimos anos, principalmente devido à necessidade de estar sempre conectado. Muitos utilizam o aparelho como despertador, fonte de entretenimento ou até mesmo para checar mensagens antes de dormir. Esse comportamento, no entanto, levanta questões sobre possíveis impactos na saúde e na qualidade do sono.
Com a popularização dos smartphones, a proximidade constante com esses dispositivos durante a noite passou a ser vista como algo natural. No entanto, especialistas alertam para os riscos associados à exposição prolongada à luz azul e à radiação emitida pelos aparelhos. Esses fatores podem influenciar diretamente o funcionamento do organismo durante o período de descanso.
Quais são os efeitos da luz azul do celular durante o sono?
A luz azul emitida pelas telas dos celulares interfere na produção de melatonina, hormônio responsável por regular o ciclo do sono. Quando exposto a essa luz antes de dormir, o corpo pode entender que ainda é dia, dificultando o início do sono e prejudicando a qualidade do descanso. Esse fenômeno pode resultar em noites mal dormidas e sensação de cansaço ao acordar.
Além disso, a exposição frequente à luz azul pode causar desconforto ocular, irritação e até dores de cabeça. Para minimizar esses efeitos, recomenda-se evitar o uso do celular pelo menos uma hora antes de deitar. O uso de filtros de luz azul ou o modo noturno também pode ajudar a reduzir o impacto sobre o organismo.

O celular perto do corpo pode afetar a saúde física?
Manter o celular próximo ao corpo durante o sono pode aumentar a exposição à radiação eletromagnética, ainda que em níveis considerados baixos. Pesquisas realizadas até 2025 não encontraram evidências conclusivas de que essa exposição cause danos graves à saúde, mas o tema segue sendo estudado por cientistas ao redor do mundo.
Além da radiação, outro ponto de atenção é o risco de superaquecimento do aparelho, principalmente quando ele está carregando. Casos de superaquecimento podem causar acidentes, como queimaduras ou até incêndios. Por isso, recomenda-se não deixar o celular sob o travesseiro ou em contato direto com o corpo durante a noite.
Como o uso do celular afeta o sono e o bem-estar mental?
O hábito de checar notificações, redes sociais ou mensagens antes de dormir pode estimular o cérebro, dificultando o relaxamento necessário para adormecer. Esse estímulo constante pode contribuir para quadros de insônia, ansiedade e redução da qualidade do sono. O sono fragmentado, por sua vez, prejudica a recuperação física e mental ao longo da noite.
Além disso, a dependência do celular pode criar um ciclo de preocupação e expectativa por novas mensagens, dificultando o desligamento das atividades do dia. A recomendação de especialistas é estabelecer uma rotina de desligamento, deixando o aparelho fora do alcance durante o período de descanso para favorecer um sono mais profundo e reparador.
Quais cuidados adotar para dormir melhor longe do celular?
Para promover um sono de qualidade, é indicado criar um ambiente livre de distrações eletrônicas. Deixar o celular em outro cômodo ou ativar o modo avião são medidas simples que ajudam a reduzir a exposição à luz e à radiação. O uso de despertadores tradicionais pode substituir a função de alarme do aparelho, evitando a necessidade de mantê-lo próximo à cama.
Outras práticas recomendadas incluem a criação de uma rotina noturna relaxante, como a leitura de um livro físico ou a prática de exercícios de respiração. Essas ações contribuem para o relaxamento do corpo e da mente, facilitando o início do sono e melhorando a disposição para o dia seguinte.