Muitas mulheres com mais de 45 anos acham que a sensação de “não ter esvaziado completamente” após evacuar faz parte da idade ou da menopausa. Dr. Fernando Lemos, coloproctologista com especialização em saúde digestiva, alerta que esse sintoma frequente precisa de avaliação médica. Ele pode indicar queda de tônus do reto ou períneo, distúrbios intestinais graves ou inflamação silenciosa.
Evacuação incompleta pode ser causada por falta de força muscular no reto/períneo — comum com o declínio hormonal —, por megacólon ou constipação crônica grave, e até por inflamação intestinal que pode evoluir para obstruções. Esse sinal não deve ser desconsiderado.
Quais condições podem levar à sensação de evacuação incompleta?
- Tônus reduzido no reto e períneo: o envelhecimento e alterações hormonais enfraquecem os músculos responsáveis pela evacuação, levando à sensação de esvaziamento parcial.
- Megacólon ou constipação crônica: caracterizada por trânsito lento ou incapacidade de expelir focos fecais, acumulando-se no reto.
- Inflamação silenciosa: processos inflamatórios intestinais — muitas vezes sem sintomas visíveis — podem causar obstruções que exigem atenção médica imediata.
Hábitos que podem agravar o problema
Algumas práticas do dia a dia prejudicam o alívio intestinal:
- Prender a vontade de defecar
- Passar muito tempo no vaso, distraída com o celular
- Fazer força excessiva para evacuar
- Atrasar a alimentação ou ingestão de líquidos ao se sentar para evacuar
Esses comportamentos atrapalham o reflexo natural de evacuação, atrasando ou dificultando o processo digestivo.
O que fazer para melhorar o esvaziamento?
- Vá ao banheiro logo que sentir vontade, sem segurar
- Limite o tempo sentado no vaso para evitar retenção
- Pratique respiração e liberação muscular ao evacuar
- Inclua alimentos ricos em fibras, água suficiente e leve atividade física
- Faça exercícios de assoalho pélvico para reforçar os músculos do reto
Essas ações ajudam a restabelecer um padrão evacuatório natural e eficaz.
Quando procurar ajuda médica?
Consulte um coloproctologista se a sensação de evacuação incompleta for frequente, se houver desconforto emocional, alteração no hábito intestinal, esforço constante ou qualquer sinal de alerta. O médico pode solicitar exames como manometria anorretal, colonoscopia ou ultrassonografia para diagnóstico e tratamento adequados.

Qual a competência do coloproctologista?
O coloproctologista atua no diagnóstico e tratamento de doenças do reto, intestino e assoalho pélvico. O Dr. Fernando Lemos destacou que somente esse especialista pode identificar causas reais do sintoma, indicar os exames corretos e orientar tratamentos que vão do fortalecimento muscular até a cirurgia, quando necessária.
Fontes oficiais utilizadas neste artigo
- Sociedade Brasileira de Coloproctologia – Existe concordância entre constipação referida e constatada conforme critérios de Roma III
https://www.scielo.br/j/jcol/a/jjTghkY4BMBFnYKmyj5994C/ - American Gastroenterological Association / American College of Gastroenterology – Evaluation and Management of Chronic Constipation
https://gastro.org/clinical-guidance/evaluation-and-management-of-constipation/ - Sociedade Brasileira de Coloproctologia – Constipação funcional: estudo observacional
https://portaldacoloproctologia.com.br/sua-saude/constipacao-intestinal/ - World Gastroenterology Organisation – WGO Practice Guidelines: Constipação
https://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/guidelines/constipation-portuguese-2010.pdf
Perfil oficial do especialista
Instagram do Dr. Fernando Lemos
https://www.instagram.com/dr.fernando_lemos




