O uso de jejum intermitente tem ganhado popularidade como estratégia de controle do apetite e ganho de disciplina alimentar. O Dr. Bruno Monteze (CRM 160179), com mais de 2,4 milhões de seguidores, explica uma abordagem simples: fazer uma ceia cedo, comer bem comida de verdade e depois estender o jejum até o próximo almoço.
Segundo ele, após o jantar, basta “fechar a boca” e usar estratégias simples para lidar com a fome: chá, água, caminhada e distração. O corpo tende a se adaptar após alguns dias, pois a fome muitas vezes está ligada à rotina, cansaço, ansiedade ou hábito, e não necessariamente à falta de alimento.
O que é o jejum intermitente?
O jejum intermitente consiste em ciclos entre períodos de alimentação e jejum. Dr. Monteze sugere um protocolo 16/8 popular, onde você faz a última refeição da noite cedo (por exemplo, às 19h) e quebra o jejum apenas no almoço do dia seguinte (por volta de 13h), completando 16 horas sem comer e concentrando a alimentação em uma janela de 8 horas.
Esse padrão ajuda a reduzir comportamentos alimentares motivados por emocional ou hábito, além de potencialmente melhorar parâmetros metabólicos. A Organização Mundial da Saúde ressalta que qualquer restrição alimentar deve ser avaliada individualmente, principalmente por quem tem diagnóstico de condição de saúde crônica.
Por que a fome passa após alguns dias?
O Dr. Monteze explica que após alguns dias a sensação de fome noturna diminui, pois o corpo se ajusta ao novo padrão de alimentação. A fome inicial muitas vezes não é fisiológica, mas emocional, ligada ao estresse e ao hábito de comer.
Estudos mostram que o jejum intermitente pode reduzir níveis de grelina (hormônio da fome) após adaptação, o que ajuda a controlar o apetite. Além disso, há redução da insulina, melhora da sensibilidade à glicose e possíveis benefícios cardiovasculares.

Quais cuidados considerar?
Antes de começar qualquer protocolo de jejum é importante:
- Avaliar condições de saúde como diabetes, pressão baixa, distúrbios alimentares, gravidez ou uso de medicamentos
- Manter hidratação adequada, consumindo água, chás sem adição de açúcar e preferencialmente em temperatura ambiente
- Controlar o estresse e a qualidade do sono, pois a fome emocional pode ser confundida com a fome fisiológica
Especialistas em nutrição e endocrinologia recomendam acompanhamento profissional para garantir que o jejum seja seguro, sustentável e personalizado.
Como implementar o jejum proposto pelo Dr. Monteze?
Sugestão de prática:
- Jante entre 18h e 19h com proteína magra, vegetais e gordura saudável
- Após o jantar, evite petiscos: beba água, chá e realize atividade leve até dormir
- Quebre o jejum por volta do meio-dia seguinte com uma refeição balanceada
- Mantenha hidratação ao longo do período de jejum
A proposta é simples e integrável na rotina, sobretudo para quem tem flexibilidade no horário de refeição.
O que diz a ciência sobre essa abordagem?
Estudos randomizados em adultos saudáveis apontam:
- Redução de peso corporal e gordura visceral (sem déficit calórico extremo)
- Melhorias na sensibilidade à insulina e níveis de colesterol
- Diminuição de marcadores inflamatórios como proteína C-reativa
Diretrizes nutricionais, como as do National Institute on Aging (EUA) e The Endocrine Society, reconhecem que o jejum intermitente pode ser uma opção viável, desde que acompanhado por profissionais e adaptado ao contexto clínico de cada pessoa.
Fontes oficiais utilizadas neste artigo
The Endocrine Society – Position Statement on Intermittent Fasting
https://www.endocrine.org/topics/food-and-nutrition/intermittent-fasting
National Institute on Aging (NIH) – Research on intermittent fasting
https://www.nia.nih.gov/news/what-science-says-maybe-not-sure-about-intermittent-fasting
World Health Organization (OMS) – Orientação sobre dieta e condições clínicas
https://www.who.int/publications/i/item/9789240036815
Perfil oficial do especialista
Instagram do Dr. Bruno Monteze
https://www.instagram.com/dr.monteze